Palavra do Pároco
Pe. Carlos Luiz Bacheladenski, cm
“A vida apostólica não exclui a contemplação, mas abraça-a e dela aproveita-se
para melhor conhecer as verdades eternas que deve anunciar”
São Vicente de Paulo
(Coste III,347)
Prezados Irmãos e Irmãs.
Enfrentamos nestas últimas semanas momentos inusitados na história jamais vividos, que nos trouxeram situações inesperadas nos colocando em extrema ansiedade, insegurança e medo. Essa pandemia tocou todos os âmbitos de nossas relações, sejam elas afetivas, familiares e comunitárias, ou a nível político, sanitário, econômico. No entanto, quase não se houve comentar diante de tantos decretos de emergências que assegurem nossa saúde física e mental, o significado da espiritualidade ou a força que possui a fé, a religião na existência humana.
A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”. Parece-nos desaparecer, não possuir valor, não ser de interesse público ou dos meios de comunicação tutelar esse direito. A verdade é que não nascemos prontos! E assim como precisamos do alimento físico necessitamos também de outros elementos que nos formam, nos constroem e nos edificam ao longo da vida. Outros fatores contribuem para a construção do bom caráter e enobrecimento da personalidade: Educação familiar, Educação Escolar, Educação Social, Educação Cultural. E onde colocamos, ou qual escala de valor situamos a Educação Religiosa? Todos falamos em salvar a vida e sermos pessoas melhores, mas como esquecer o primado do Evangelho: “Não só de pão vive o homem” (Mt 4,4). Jesus nos indica que para a plena e feliz existência humana é preciso mais que o necessário alimento físico e material, uma vez que o homem nasce inacabado e se vê em processo constante de construção pelo decorrer de toda a vida.
Bom. Nesses tempos de Covid19, por graça ou por força da situação, também aprendemos a redescobrir o valor de Deus, da Igreja, da catequese, da vida comunitária, quando fomos privados a causa do isolamento social, e de outro, a fortalecer os vínculos da fé, do orar em família, de melhorar a convivência, a descobrir melhor o outro participando de suas limitações e alegrias. Nos chama atenção, como pastor e líder religioso como a comunidade ficou mais vulnerável, sensível, caridosa e aberta, também a necessidade do outro. Então, mediante a isso, percebo o quanto a fé é viva, atuante, vibrante, preocupada, comprometida. Transformada em verdadeiro Evangelho. A Igreja doméstica vive-se na relação como o Cristo encarnado na vida do pobre, do sofredor, do abandonado, do triste, do isolado, do vulnerável. Enalteço aqui o valor da solidariedade de tantas lideranças católicas ou não, de tantos corações generosos que com gratidão e confiança partilharam e partilham o pão da comida, movidos pelo pão da Palavra, do Evangelho, ou pela boa vontade de ser solidário. Vejo o quanto, pela frase que acima inspirou-me a escrever estas linhas em São Vicente, é verdadeira a afirmação recíproca entre orar e contemplar, falar e agir, rezar e praticar, Igreja doméstica e Igreja comunidade.
Santo Agostinho recorda-nos quando comenta a passagem do Evangelho ‘Amar a Deus e ao próximo’ e os chama de dois preceitos da caridade: “Esses dois preceitos devem ser sempre lembrados, meditados, conservados na memória, praticados, cumpridos. O amor de Deus ocupa o primeiro lugar na ordem dos preceitos, mas o amor do próximo ocupa o primeiro lugar na ordem da execução” (Trat. Iohannes, CCL 36,174-175). Que confortante alegria que nos enche de férvida esperança e radiante luz. Diante do isolamento que nos priva da vida de fé em nossas celebrações, nas atividades pastorais religiosas, exorto-os a permanecerem firmes e na oração. Teu desejo é a tua oração; se o desejo é contínuo, também a oração é contínua. Não foi em vão que Paulo disse: “Orai sem cessar” (1Ts 5,17). Ainda que faças qualquer coisa, se desejas aquele repouso do Sábado eterno, não cessas de orar. Se não queres cessar de orar, não cesses de desejar de que em breve nos encontraremos a viver juntos, em comunidade, as aventuras de nossa fé no caminho do céu e na construção do seu Reino na terra.
Com saudades, invoco sobre todos a bênção sacerdotal e a proteção de nossa Padroeira Sant`Ana.
Pe Bacheladenski, Carlos Luiz, cm
Novembro 2017
“Todo aquele que crê no Filho possui a vida eterna”
Jo 6,40
A perda moderna da fé, que não diz respeito apenas a Deus e ao além, mas à própria realidade, torna a vida humana radicalmente transitória. Jamais foi tão transitória como hoje. O eu pós-moderno está totalmente isolado. Também as religiões enquanto técnicas da morte, suprimindo o medo da morte e produzindo um sentimento de duração, tornaram-se obsoletas. A desnarrativização do mundo desprovido de um sentido após a morte reforça o sentimento de transitoriedade. Desnuda a vida. Na sociedade do desempenho onde os sujeitos se tornam pessoas avaliadas pelo que produzem, o homem moderno vai perdendo sua capacidade contemplativa. Não é a vida ativa, mas a vida contemplativa é que torna o homem aquilo que ele deve ser: “Eu sou a Ressurreição e a Vida, aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá” Jo 11,25. A vida cristã pressupõe uma pedagogia específica no equilíbrio entre vida ativa e contemplativa. Requer habituar-se ao descanso, à paciência, ao aproximar-se do mistério que nos envolve, isto é, capacitar nossa busca a uma atenção profunda e contemplativa, a um olhar demorado e lento, diante da absolutização causada pela histeria e nervosismo da sociedade ativa moderna.
São Gregório de Nissa, já no século V, postula essa mediação necessária de equilíbrio entre vida ativa e contemplativa. Assim escreve: “Temos de saber: Quando exigimos um bom programa de vida, que passe da vida ativa para a vida contemplativa, então, muitas vezes, é útil se a alma retorna da vida contemplativa para a ativa, de tal modo que a chama da contemplação que ascendeu no coração transmita toda sua perfeição à atividade. Assim, a vida ativa deve levar-nos à contemplação, mas a contemplação, partindo daquilo que contemplamos interiormente, deve reconduzir-nos para a atividade”.
A nossa experiência moderna sustenta que tudo vai da vida em direção a morte. A fé cristã declara que a existência do homem vai da morte em direção a vida. Do santuário de Deus, que é a terra, ao paraíso eterno da sua visão beatífica, nossa Jerusalém celeste. Então é estranho compreender o ser humano “que briga com os vivos, mas leva flores para os mortos; lança os vivos na sarjeta, mas pede um ‘bom lugar’ para os mortos; se afasta dos vivos, mas se agarra desesperadamente quando estes morrem; fica anos sem conversar com um vivo, mas se desculpa e faz homenagens quando este morre; não tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório; não liga, não abraça, não se importa com os vivos, mas se autoflagelam quando estes morrem. Aos olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na morte e não na sua vida. É bom repensarmos isto, enquanto estamos vivos!”
Pe. Bacheladenski, Carlos Luiz, cm
Pároco
Outubro de 2016
Uma mensagem de esperança e confiança!
O mês de outubro é convidativo para um maior aprofundamento, do sentido que damos à nossa missionariedade, no mundo atual.
Por natureza, temos a necessidade de nos encontrar e dialogar com o outro. Pode ser um dos primeiros passos para sairmos de nós mesmos, e adentrarmos no mundo desconhecido que, aos poucos, se torna conhecido, cheio de esperança e confiança. Para este encontro e confronto, são necessárias a confiança e abertura incondicional do Eu e do Tu!
Como ser portador de uma mensagem que nos foi confiada? Primeiramente, estar na condição de receptor, para depois ser seu portador. Como mensageiro(a) devo conhecer a mensagem, depois levá-la a corações sedentos de receber esta mensagem transformadora, revestida de esperança e de confiança; Devo estar envolvido pela mensagem, para depois oferecê-la.
Quando tomamos consciência da missão confiada, nos disponibilizamos e nos responsabilizamos para a realização da mesma. Cabe-nos exercer tal missão com esperança, confiança e alegria.
Como missionários(as) levamos a muitos irmãos nossos, que ainda não se tornaram receptores e portadores da mensagem, a alegria envolvente que renova a vida de quem a recebe. O missionário(a) leva uma “boa notícia” de Jesus. Quando focamos nosso olhar sobre o tema a ser refletido: “uma mensagem de esperança e confiança”, como discípulos(las) missionários(as), compreendemos que a missão é bem realizada quando acreditamos na própria missão e na mensagem que levamos. Jesus continua chamando homens e mulheres para o serviço do anúncio da sua mensagem.
Esforcemo-nos na realização dos nossos trabalhos, com entusiasmo e alegria. Não nos deixemos levar pelo desânimo e pela falta de esperança, confiança e de convicção.
Olhando o universo das pastorais e movimentos da Igreja, nos deparamos com pessoas revestidas do espírito missionário, sempre atentas à própria missão e realização da mesma, envolvidas com a comunidade, doando-se para que tudo aconteça de acordo com a vontade de Deus, sendo seu instrumento na realização da missão. Podemos também encontrar lideranças de pastorais e movimentos com uma baixa estima, com a chama apagada; atrofiados nos seus dramas e problemas pessoais. Isso é muito triste, porque a mensagem fica engavetada; quando estes portadores se encontram paralisados, fechados no comodismo, na indiferença e em si mesmos, a mensagem embolora. Estas lideranças desanimadas, só conseguem transmitir seus próprios problemas e angustias, deixando de ser verdadeiros portadores da mensagem, que envolve e transforma a vida das pessoas: a Alegria do Evangelho.
Hoje, como nunca, precisamos de lideranças revestidas do “espírito de alegria e de disponibilidade”, mergulhadas no desejo de servir; apaixonados(as) pela mensagem envolvente de Cristo. Lideranças que despertem novas lideranças, comprometidas com o Evangelho! Tornemo-nos mensageiros(as) realizados(as) na missão, envolvidos(as) pela alegria de servir cada vez melhor. Acreditemos na missão que Deus nos confiou. Não tenhamos medo!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Mês missionário.
O mês de outubro é dedicado às missões. No dia 01 de outubro, celebramos Santa Terezinha, elevada a padroeira das Missões. Ela nasceu na França em 1873 e morreu no ano de 1897, com apenas 24 anos. Foi uma jovem que, num curto espaço de tempo, deixou grandes ensinamentos de fé e de amor para com o próximo e para com o testemunho do Evangelho.
Com a intercessão de Santa Terezinha, teremos um espírito missionário voltado ao serviço. Uma de tantas virtudes encontradas nesta grande mulher é a vida de simplicidade e de uma profunda humilde. Uma confiança incondicional nos desígnios misericordioso de Deus Pai, marcou sua vida.
Nossa comunidade paroquial se alegra em celebrar Santa Terezinha. Que ela proteja os trabalhos missionários realizados em nossa comunidade. Um trabalho bonito e edificante é o cuidado com as crianças da escolinha dominical. As crianças evangelizam sua família, levando a capelinha do anjo da guarda para suas casas e rezando o “Santo Anjo”, em família. Outros trabalhos são realizados pelas pastorais e movimentos de nossa comunidade, fortalecendo o espírito missionário.
Seria importante enaltecer, que uma das nossas comunidades tem como nome e padroeira: Santa Terezinha!
Em outubro também celebramos Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Peçamos a nossa Mãe e protetora de nosso país que abençoe todas as crianças; que encontrem um mundo mais justo e fraterno. Que nossas famílias encontrem-se unidas e revestidas de paz. Com a proteção de Santa Terezinha e de Nossa Senhora Aparecida, renovemos nossa fé, celebrando estas datas.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Setembro de 2016
Um Carisma presente no mundo de hoje!
O carisma é a marca registrada proveniente de um estilo de vida, que aflora dos meandros de um projeto guiado por Deus; encantador e envolvente, vivido por uma pessoa ou mais, atraindo corações sedentos de amor e de compaixão. Para nós da Família Vicentina, o carisma de São Vicente de Paulo permeia um caminho de comprometimento para com aqueles que mais sofrem. Para manter vivo um carisma, faz-se necessária fidelidade criativa, em cada tempo da história.
O carisma vivido por São Vicente de Paulo continua presente no mundo atual. O próprio Vicente foi fiel à sua missão, dando vida e criatividade no atendimento aos mais pobres do seu contexto temporal. Hoje, o carisma continua presente na atividade de muitas pessoas, que se sentiram encantadas pelo trabalho realizado por São Vicente de Paulo. Se hoje somos envolvidos por este carisma, é porque muitos já experienciaram e deram testemunho da vivência do mesmo, mantendo o ardor missionário das gerações que nos antecederam.
Estamos prestes a celebrar os 400 anos da presença do carisma de São Vicente de Paulo. O próximo ano será para nós um marco importante. O legado deixado, o carisma, revigora todo trabalho realizado no presente pelos Ramos da Família Vicentina. “O ano de 1617 é o início da compreensão mais clara do carisma que Deus lhe confiara: evangelização e serviço dos pobres”.
Hoje, o carisma de São Vicente de Paulo está espalhado pelo mundo todo. São muitos sinais da sua presença, em gestos, atitudes edificantes, voltados para os mais vulneráveis da sociedade.
Vamos celebrar o dia de São Vicente de Paulo, 27 de setembro, como muito entusiasmo. São Vicente foi o fundador da Congregação da Missão, assim chamados padres vicentinos. Juntamente com Santa Luísa de Marillac, fundou a Companhia das Filhas da Caridade, assim chamadas de Irmãs Vicentinas e ainda fundou no seu tempo a AIC, chamadas de Associação Internacional de Caridades. Peçamos que o carisma continue tocando muitos corações sedentos de caridade e misericórdia, proveniente de Deus Pai criador.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Agradecer é muito bom!
Gostaria de externar meus sinceros agradecimentos pelo apoio que recebi nestes cinco anos que estive nesta paróquia, como pároco.
Esta foi minha primeira paróquia, na qual tive a oportunidade de aprender muito e fazer muitos amigos. Agradeço o apoio das pastorais e movimentos, matriz e comunidades; e dizer meu muito obrigado.
Aproveito o momento para pedir desculpa se neste ínterin, não respondi às expectativas de todos.
Certo de que a comunidade irá acolher com muito carinho o novo pároco, externo minha afeição.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Agosto de 2016
Deus continua a nos Surpreender!
O mês de agosto é dedicado às vocações. Fomos escolhidos por Deus, chamados por Cristo e enviados em missão pelo Espírito Santo. A nossa vocação é Trinitária! Desde o ventre materno - como nos diz o profeta Jeremias: “Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta”(Jr1,5) - Deus tem um propósito para conosco. Devemos nos sentir chamados, pois a vocação é uma surpresa de Deus. Este Deus nos capacita, pois por primeiro nos chama a uma missão e nos faz caminheiros e realizadores de tal missão. Somos surpreendidos por Deus a todo instante e esta surpresa é revestida de amor e de ternura.
Quando focamos nossa reflexão sobre o tema vocações, nos vêm em mente às vocações ministeriais (sacerdotal, religiosa, consagrada). Contudo, também é importante valorizar as demais vocações existentes no mundo, procedentes do amor do Pai. A vocação leiga transforma a vida e a realidade da Igreja. São muitos leigos comprometidos em nossas comunidades que estão dispostos a viver a plenitude da vocação batismal em nossas pastorais e movimentos. São leigos comprometidos com a causa do Reino de Jesus que dinamizam a vida das nossas comunidades sem medir esforços. A vocação tem uma conotação de amor e de serviço. Quando realizamos a nossa missão com amor e dedicação, o que realizamos torna-se uma presença do agir de Deus em nossas mãos.
Todos somos chamados a uma resposta à própria vocação. Comentários são feitos a respeito da vocação, em que se diz: “Esta pessoa não tem jeito para determinada vocação, mas o outro sim”. Parece-nos que a vocação nos caracteriza e nos remete a uma determinada direção, a um serviço, a uma ação.
Vivenciando nossa fé batismal, participando da vida e da dinamicidade da Igreja, nos descobrimos chamados a uma missão específica. É preciso, com paciência, deixar Deus conduzir nossos passos na direção do que nos realiza como pessoas. Este exercício é necessário para dar nossa resposta frente às vocações (leiga, religioso(a), sacerdotal, familiar…).
Sentimos a necessidade em descobrir nosso papel neste mundo, sendo sinal da presença do amor e da misericórdia de Deus, na vivência da vocação, não tendo medo de realizar-se na plenitude deste chamado. Sintamo-nos não só chamados, mas convocados a tal missão, já que por sua natureza nos impele a sermos missionários discípulos na evangelização.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
A partilha, uma ação comprometedora!
O cultivo da fé nos faz mais próximos de Deus e de nossos irmãos. Responsabilizar-se pela vida da comunidade é uma das características do cristão, torna-nos mais próximos uns dos outros, fortalecendo o sentido de família.
A lógica da partilha emana do coração, da fé e da caridade. Ao partilhar tem-se presente que tudo o que recebemos é gratuidade de Deus. Essa ação humana é revestida de sensibilidade, tornando-se uma benção de Deus para a vida de quem partilha e se preocupa com a comunidade.
A experiência das primeiras comunidades fortalece nosso sentido de pertença à comunidade, por isso, cuidemos do que é de todos. O cristão comprometido não se esquiva desta responsabilidade. Ao contribuir com o dízimo, o cristão faz uma experiência de caridade. Tenhamos presente o pensamento de São Paulo: “A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a profecia é imperfeita. Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança e caridade. Mas a maior delas é a caridade” (1Cor13,8-9.13). O cuidado é uma característica de quem tem uma caminhada de fé e de comunidade. Este sentido de pertença à comunidade se manifesta pela contribuição justa: o dizimo não é uma obrigação, taxa, imposto e sim uma expressão voluntária de um compromisso à comunidade. Continue sendo um dizimista consciente.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Julho de 2016
A Devoção a Santa Ana
Quem foi Santa Ana? A mãe da mãe de Jesus!
Pouco se sabe sobre a vida de Ana; no entanto, não é difícil localizá-la com seu esposo Joaquim no contexto em que viveu. O casal vivia de acordo com a fé e a esperança do Deus da Aliança. Trazia dentro de si o desejo de bondade e de fidelidade, a esperança de um futuro marcado pelo amor de Deus para com todos. Este casal foi fiel a Deus e à sua religião, e ajudou a crescer uma filha capaz de ser sinal e síntese do melhor que a humanidade poderia desejar.
Ana é um nome bíblico que significa “graça”, “misericórdia” e isso nos faz pensar nas raízes humanas de Jesus que são um dom de graça e misericórdia.
A devoção a Santa Ana vem já de longa data na tradição da Igreja: no século VI, em Constantinopla, capital do Império do Oriente, dedicou-se uma basílica a Santa Ana. No Ocidente, a devoção também se estendeu a todos os lugares e fixou-se, em 1584, a data 26 de julho para sua memória. Depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, comemora-se junto com Santa Ana a memória de São Joaquim (livro de orações). São reconhecidos como protetores dos Avós.
Peçamos a intercessão de Santa Ana e São Joaquim a todos os nossos avós. Focando este pedido aos avós, não podemos esquecer, das nossas famílias.
“Senhor de nossos pais, que concedestes a São Joaquim e a Santa Ana a graça de darem a vida à Mãe do vosso Filho, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida ao vosso povo” (Missal Romano).
O coração bate mais forte!
O artigo do mês de junho referia-se sobre o tema: “Onde focamos nosso olhar”.
O mês de julho para nossa comunidade é revestido de alegria. A nossa comunidade paroquial se prepara para a festa de Sant’Ana, padroeira da nossa paróquia. É um momento de celebrações mais vivas, de encontros, de renovação da fé e da esperança! Para todos, paroquianos e devotos, acompanhar a visita da imagem de Sant’Ana em nossas comunidades é uma expressão de carinho, de confiança e de uma espiritualidade vivencial. Sabemos que uma visita sempre desperta algo novo e não poderia ser diferente com a visita da imagem da padroeira da paróquia em nossas comunidades: o coração irá bater mais forte!
Estamos ouvindo o convite insistente do nosso Papa Francisco, de que precisamos ser uma Igreja em saída. Parece ser fácil desinstalar-se, mas sabemos que não. A visita da imagem de Sant’Ana em nossas comunidades frutificará o encontro e o desejo de sermos uma Igreja dinâmica em saída. As comunidades fortalecerão o acolhimento ao receberem a imagem de Sant’Ana que peregrinará as comunidades que fazem parte desta paróquia.
Confiemos nossas necessidades e nossos agradecimentos diante da imagem da nossa padroeira, tanto na visita às comunidades, bem como durante o novenário que iniciará no dia 22 de julho em nossa Matriz.
Nosso olhar da fé, focado na mesma direção, nos torna mais irmãos e filhos. Com o passar do tempo, com o envolvimento na comunidade, nos sentimos parte dela: não podemos deixar passar esses momentos sem nossa presença e participação.
Nossa comunidade, no mês de julho, fitará seu olhar numa mesma direção: celebrar a festa da Padroeira! Com o olhar voltado para uma mesma direção nos sentiremos mais fortalecidos e renovados e juntos celebraremos mais uma festa da padroeira. Um olhar envolvente que une e integra num mesmo caminho.
Acreditamos que Sant’Ana também estará com o seu olhar voltado sobre nossas comunidades e devotos. Peçamos com toda confiança a sua proteção e intercessão.
É oportuno desde já agradecer a todos que irão preparar as celebrações e outros momentos festivos: em nome da nossa comunidade, agradecemos a sua participação e colaboração! No dia 31 de julho celebraremos a sexagésima quarta (64ª) festa de Santa Ana.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
Junho de 2016
Onde focamos nosso olhar?
Hoje, estamos ouvindo muito sobre a misericórdia. É um tema que nos faz pensar com muita proximidade e atenção, sobre o valor creditado na misericórdia de Deus.
Muitas são as maneiras de apresentar o agir de Deus. Alguns escritores sagrados apresentam o agir de Deus fundamentado na benevolência, na compaixão e na punição. Jesus Cristo é quem nos mostra a riqueza e o valor do amor, da acolhida, da escuta, do perdão, da misericórdia do Pai para com o pecador.
Ao fixar o olhar em alguém, vamos de encontro com o seu semblante e sua ternura. A partir deste encontro de olhares, concluímos que aquela pessoa revela sentimentos e emoções, tendo traços de felicidade, de realização, de serenidade, de preocupação, de tristeza e assim por diante; revela o que passa em seu íntimo, em seu interior.
Todo nosso corpo fala e nos dá um parecer do que estamos sentindo, isso todos nós sabemos! Jesus Cristo fixou o olhar naqueles que Ele mesmo chamou e os convidou para um serviço, para uma missão. O olhar de Jesus, não fora um simples olhar, mas sim envolvente; um olhar penetrante, revestido de ternura, de alegria, de confiança, de compaixão... Esse olhar misericordioso de Jesus, também mostra uma intimidade profunda que Ele mesmo cultivou com o Pai, revelando o rosto terno e misericordioso do Pai.
Esse olhar e esta confiança devem estar em cada um de nós. Precisamos insistentemente cultivar em nós um olhar misericordioso para com os outros, sem preconceito e julgamentos fúteis. Ao olharmos para alguém, precisamos despir nossos julgamentos prévios, que impedem um olhar mais verdadeiro.
Precisamos ter sempre presente, a importância de fixarmos o olhar em Jesus e no seu rosto misericordioso, com confiança e despojamento, encontrando o que são João fala na sua primeira carta: “Deus é amor! (1Jo4,8.16). Este amor se tornou visível e palpável em toda vida de Jesus. A sua pessoa não é senão amor, um amor que se dá gratuitamente”(Misericordiae Vultus n.8).
Encorajados pela gratuidade do amor de Deus para conosco, realizemos nossa missão com alegria e ternura, ajudando aos demais a fazerem a mesma experiência de encontro e de Amor.
Pe. Odair Miguel G. dos santos.
Santo Antônio: Rogai por nós!
No mês de junho temos a oportunidade de celebrarmos Santo Antônio, conhecido como o protetor dos pobres. Muitos pedidos são conduzidos a Santo Antônio, na certeza de que serão atendidos. Conhecido como o santo casamenteiro, muitos jovens de profunda fé, diante de uma escolha importante em sua vida, como o casamento, elevam seu pedido para que façam uma boa escolha, na vida matrimonial.
“Santo Antônio, para uns de Lisboa, para outros de Pádua, é um dos santos mais populares do mundo cristão. Difícil encontrar uma paróquia que não tenha uma imagem de Santo Antônio. No Brasil são mais de 500 igrejas que o tem como padroeiro. É invocado principalmente pelos pobres e pelos sofredores. Podemos dizer que Santo Antônio é o santo dos pobres. As esmolas dadas com a finalidade de obter sua intercessão chamadas de Pão de Santo Antônio” (Revista de Santo Antônio do Pe. José Artulino Besen).
Em nossa paróquia, temos uma comunidade que tem como padroeiro Santo Antônio. Para celebrar esta data importante, a comunidade está organizando um tríduo para os dias 9, 10 e 11 de junho, na comunidade Vila Krachinski, sendo que no dia 12 haverá a grande festa em louvor ao padroeiro Santo Antônio.
Com certeza, inúmeras graças serão dispensadas à comunidade e a todos os devotos.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
Maio de 2016
Amor de Mãe: Amor incondicional!
Neste mês de maio, comemoramos o dia das Mães (08 de maio). É uma data importante, comemorada em muitos países. É oportuno aproveitar deste momento para enaltecer a data celebrada, reconhecendo a importância que nossas mães têm em nossa vida. Sentimos a necessidade de manter um bom relacionamento com a aquela que cedeu parte da sua vida e da sua existência, para nos trazer a este mundo: nossas Mães!
A maternidade é uma dádiva de Deus! A vida se renova em cada nascimento, em cada gesto de amor que recebemos de nossas Mães. O calor materno, mesmo com o passar do tempo, não nos faz esquecer que fomos amados desde a concepção e continuamos sendo amados por nossas mães.
Muitas mulheres assumem a maternidade com muito orgulho e nobreza; são aquelas Mães que não geraram, mas assumiram este legado e são chamadas de Mãe de coração, segunda Mãe, Mãe por opção...
Como filhos(as), não esqueçamos de agradecer todo amor, carinho e cuidado que recebemos de nossas Mães. Ser mãe é uma resposta ao apelo de Deus, no cuidado com a vida, que desabrocha em cada sim, dado por estas mulheres, escolhidas para gerarem e cuidarem da vida. Muitos de nós, talvez não fomos planejados para aquele momento, mas esperados no inconsciente feminino que está implícito na natureza feminina: “gerar vida”! Mesmo não fazendo escolha pela maternidade, ela se expressa através de gestos e da delicadeza da mulher.
Parabéns a todas as Mães, e por todas aquelas que estão diretamente atuando em nossas pastorais, movimentos e trabalhos realizados em nossa comunidade (catequistas e educadoras na fé, líderes, cozinheiras...). Muito obrigado por sua presença, seu carinho, testemunho de vida, amor, cuidado e responsabilidade pela nossa comunidade. Você Mãe, sinta-se sempre bem vinda e acolhida. Você é muito importante e sua presença faz grande diferença para toda comunidade.
Parabéns pelo dia das Mães!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
A Presença real de Jesus na Eucaristia!
No dia 20 de maio vamos celebrar com toda a Igreja a grande festa de Corpus Christi, a festa da Eucaristia. Para nós católicos é uma data importante, porque renovamos nossa fé, acreditando que Jesus continua em nosso meio, de diferentes modos, e um deles é por meio da Eucaristia. O documento sobre a Eucaristia, do papa Bento XVI, nos recorda que “A fé eucarística da Igreja faz com que a Igreja renasça sempre de novo”; há sempre um renovar da Igreja em cada celebração da Eucaristia. Não podemos pensar na Igreja de Jesus Cristo sem a Eucaristia, pois Ela é por “excelência mistério da fé. É o resumo e a súmula da nossa fé. A fé da Igreja é essencialmente fé eucarística e alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia”.
O amadurecimento da nossa caminhada de fé se dá na adesão a Jesus Cristo, Filho do Deus vivo! Este mistério de amor se dá na encarnação, no anúncio do Reino de Deus, na paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ele é o verdadeiro e eterno sacerdote que se oferece a toda humanidade, para a nossa salvação, instituindo o Sacrifício da nova e eterna Aliança, mandando que o celebrássemos em sua memória.
Na experiência eucarística renovamos a nossa fé, como o compromisso desta fé. O Pão eucarístico, alimento que nos une em comunidade de Igreja, nos aproxima uns dos outros; alimento que nos fortalece na fé e na missão; alimento que nos prepara para a eternidade, rumo à Jerusalém celeste. Por ignorância e pela falta de um comprometimento maior com a Eucaristia, ficamos divagando em justificativas meramente humanas, desvinculados da ação de Deus em nossa vida, não nos comprometendo com a vida eucarística da Igreja; dessa forma, perecemos!
Continuemos mantendo o respeito pela Eucaristia, nos alimentando do Pão descido do Céu: Jesus Cristo!
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
Abril de 2016
O cuidado! Ação que nos enobrece.
Somos pessoas necessitadas de cuidado. Desde a concepção, nascimento, crescimento, envelhecimento e até em preparação para a eternidade, precisamos de cuidado. A todo instante expressamos a necessidade de cuidado, o qual está relacionado a significados que damos: a pessoas, a coisas, ambientes... Temos consciência desta importância e por isso cuidamos.
Quando pequenos, sentíamos a necessidade do cuidado paterno e materno (ou da pessoa responsável). Em todas as fases da nossa vida, necessitamos de muito amor e de muito cuidado! Quando crescemos, percebemos que também precisamos cuidar, sem deixar o desejo de ser cuidado. A relação entre as pessoas se expressa em atitudes de cuidado, de amor, de respeito, de diálogo, de escuta, de confiança, de gratidão... Sabemos que precisamos ter um cuidado especial com os nossos sentimentos e nossas relações pessoais e interpessoais. Até parece ser uma dependência, mas acredito que não, porque queremos amar e ser amados, cuidar e ser cuidados, respeitar e ser respeitados, dialogar e ser escutados, confiar e ser confiados... Essa é uma relação natural e normal, relação de amor e de cuidado que tem uma durabilidade maior e transformadora. O cuidado pode ser eternizado.
Não podemos virar as costas e deixar de refletir outras realidades, em que as pessoas se encontram: pessoas portadoras de deficiência física, os doentes, os idosos... Estas realidades necessitam de um cuidado maior, ou de total cuidado; realidades em que as pessoas talvez não possam participar desta troca de cuidados, sendo que todos nós queremos cuidar do outro e ser cuidados pelo outro.
A dinamicidade da vida é um constante cuidado: cuidamos uns dos outros, da família, do trabalho, dos afazeres, das nossas responsabilidades, da comunidade, da vida espiritual... Alertamos o outro desta importância; cuidemos de tudo e dos outros.
Mas nem sempre vivenciamos o ideal; podemos nos descuidar e não ser tão cuidadosos com as pessoas, com as coisas, com o que fazemos. Aí entra em cheque a nossa responsabilidade: Como estamos sendo responsáveis pelas nossas ações e determinações: frente à vida, o que nos cerca e o outro? Cuidar para que não nos descuidemos da responsabilidade. O cuidado é exigente, nos dá sentido existencial, nos faz olhar tudo com amor e com misericórdia; é uma atitude de equilíbrio e de maturidade.
Na Campanha da Fraternidade deste ano, que é ecumênica, refletíamos sobre a importância de cuidarmos do que é de todos: a Casa Comum, o nosso querido planeta! Temos a responsabilidade de cuidar desta Casa Comum, a Casa de todos: o lar que Deus nos deu! Ele nos foi entregue em plena perfeição para usufruirmos com respeito e cuidado, mas parece que, no momento, não se encontra em pleno estado. Como estamos entregando o “lar planeta”, às futuras gerações? O que está acontecendo com a nossa casa comum? Este questionamento nos faz o Papa Francisco, na “Carta Encíclica “Lauto Si”, sobre o cuidado com a casa comum. Devemos nos responsabilizar pelo lixo que produzimos, pelo aquecimento global, pela diminuição da água potável, pela qualidade de vida, por tudo aquilo que não estamos cuidando!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Dízimo, experiência de fé e de amor!
Você já ouviu esta expressão: quem não experimenta não sabe o gosto que tem. Já há algum tempo estamos preparando uma pequena reflexão a respeito do dízimo e sua importância. Só quando experimentamos algo que não conhecemos, podemos fazer o nosso julgamento a respeito. O dízimo, na comunidade, é uma expressão de fé, amor e responsabilidade. Estamos ouvindo falar muito de responsabilidade pela casa comum que é o nosso planeta. Só seremos responsáveis, quando nos sentimos parte e membros do mesmo projeto e defendemos este projeto; o cuidado se expressa num gesto de responsabilidade.
A experiência do dízimo deve ser gratificante para quem partilha e se torna uma “bênção na vida daquele que crê na força da Palavra, tem fé na Trindade Santa e por isso apresenta sua vida como oferenda viva, e sabe o valor que tem ofertar o dízimo na comunidade” (Dízimo bênção de Deus, Eduardo de Lima Carvalo; Ed. Paulinas). Quem é dizimista, se preocupa com a manutenção da comunidade e quer ver tudo bem organizado. É alguém que cuida do patrimônio da comunidade e está consciente das outras dimensões do dízimo (social, religiosa e missionária). Sabemos que tudo tem um custo. É através da oferta material que os dizimistas apresentam, que a comunidade se organiza e distribui conforme a necessidade destas dimensões.
Alguns se perguntam: quanto devo partilhar? Cada um deve partilhar de acordo com sua possibilidade, mas temos que ter consciência de que o que estou partilhando é justo, não é uma esmola.
Seja um dizimista consciente. Faça esta experiência de fé e de amor e depois poderá fazer seu julgamento.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos
Março de 2016
A Páscoa não é só hoje, é todo dia!
Com este pensamento, parte da letra de uma música, gostaria de iniciar a minha reflexão. No dia 27 de março vamos celebrar um dos maiores acontecimentos da história do cristianismo, a ressurreição de Jesus. É um acontecimento celebrado há mais de dois mil anos e continuará sendo até o final dos tempos; a Páscoa é a maior das festas cristãs. Anterior ao cristianismo celebrava-se a libertação do povo do Egito: Deus conduziu o povo à terra da liberdade, através de um caminhar de fé, de confiança e esperança, à terra prometida, Canaã. Por ocasião destas festividades, todos se preparavam cada ano para rememorar este acontecimento, da presença de um Deus libertador que conduz seu povo pela mão, como um pai amoroso e complacente.
Jesus reuniu seus amigos e quis celebrar com eles. Ensina que o seguidor do mestre deve colocar-se a serviço, por isso apresenta esta nobre missão através do “Lava-pés”: “...levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido” (Jo13,4-5). Quando somos convidados a sentar à mesa, devemos estar prontos para lavar os pés uns dos outros. Com esta disposição podemos nos servir daquilo que Jesus tem a nos dar. Aprendemos com o Jesus Mestre e Senhor que a humildade é uma das características do discipulado! Para chegar a este encontro com o Senhor na Eucaristia, os discípulos fizeram uma longa caminhada: estiveram muitas horas com Ele! Foi um peregrinar na escuta, na troca de olhares, na adesão à sua mensagem...; aquecimento necessário pelo qual os fez sentir felizes para celebrarem antecipadamente a Páscoa. Este tornou-se um dos mais belos encontros que os discípulos fizeram com o Mestre: sentar à mesa com o Mestre e acolher o seu ensinamento. A Páscoa de Jesus, com a sua ressurreição, ganha um significado transformador e inovador. A cada missa que celebramos adentramos no mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus; mergulhamos neste mistério de amor deixado a todos nós, que nos prepara para a eternidade. Ao celebrarmos a Páscoa do Senhor, renovamos nossa fé e a certeza de que ressuscitaremos com Cristo.
Na Páscoa, nos reunimos também em família para confraternizarmos. Não somente os cristãos, mas muitos, de credos diversificados, se confraternizam em encontros de famílias, celebrando esta data; momentos que nos unem e nos aproximam uns dos outros. A Páscoa é uma data significativa e de valor imensurável. Renovados em Cristo, caminhemos em direção à Sua Páscoa. Com o esforço diário e com a graça de Deus, revivemos o sentido pascal em nossas ações e relações.
Uma feliz e santa Páscoa a todas as nossas famílias. Venha participar conosco!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Mulheres guerreiras e encantadoras
O dia internacional da mulher (8 de março), não pode ser esquecido. Esta data deve ser celebrada com ternura e gratidão. A cada amanhecer, a mulher ganha mais espaço no mundo do trabalho, na sociedade, na política, na ciência... Há um crescente reconhecimento por tudo o que a mulher faz e representa, para os dias de hoje. Com um profundo reconhecimento, enaltecemos a presença transformadora das mulheres na sociedade.
Você mulher, continua sendo um sinal de ternura e de esperança para toda humanidade. A mulher esposa, mãe, dona de casa, continue sendo esta mulher guerreira, que ama e cuida com ternura o bem maior que se têm: a família. À mulher consagrada e religiosa, continue sendo um sinal da presença amorosa de Deus através da consagração e missão, expressa através da vida comunitária, fraterna e pelos trabalhos realizados na Igreja de Jesus Cristo.
Nosso agradecimento especial a todas as mulheres que atuam em nossas comunidades, nos trabalhos pastorais e sociais. Nossa gratidão e reconhecimento a todas as mulheres que, além do cuidado que dispensam à família, encontram tempo para estar em nossos eventos, dando a sua generosa contribuição.
Com agradecimento e ternura!
Pe. Odair Miguel G. dos Santos
Fevereiro de 2016
Preparando-nos para a Páscoa.
Com alegria e entusiasmo nos preparamos para a Páscoa do Senhor. Para melhor celebrarmos este momento importante da nossa fé, precisamos fazer uma caminhada, uma peregrinação interior. O tempo da quaresma é oportuno para contemplarmos o rosto misericordioso do Pai, e mergulharmos nesta experiência de amor! Vamos iniciar este tempo de interiorização e reflexão no dia dez de fevereiro, dia de cinzas; teremos a oportunidade de peregrinar em volto de nosso coração durante os quarenta dias que antecedem a Páscoa do Senhor e perceber o amor misericordioso de Deus Pai.
O peregrinar nos ajudará a perceber as fraquezas e falhas que cometemos ao longo de nossa experiência: “As minhas falhas”. Perceberemos também que a misericórdia de Deus extravasa nossa compreensão racional. Só o amor misericordioso de Deus pode nos deixar em paz, pois o Amor trabalha com paciência e respeito desde o pericárdio envolto ao coração, adentrando-o profundamente no que temos de mais precioso, e penetrando nas entranhas da nossa alma.
A misericórdia de Deus não vem para nos condenar ou diminuir, mas para nos transformar em vasos novos, enriquecidos de paz, de ternura e compaixão.
Neste tempo de quaresma, compreenderemos também que este Deus misericordioso nos ama profundamente, demonstrando-Se compassivo para com todos. Ao nos preparar para a Páscoa, vamos percebendo esta realidade e verdade, através da peregrinação. Somos todos amados por Deus, sem exceção, independentemente de raça, cor ou posição social. Mas é importante lembrar que o Seu complacente olhar está de uma forma voltado carinhosamente para os que mais sofrem e excluídos. É a estes, pobres e excluídos, que devemos também dar mais atenção e acolhermos sem descriminação. O olhar da misericórdia, não pode ser acolhido como sinônimo de “pena” ou “dó”. Não é neste sentido que a misericórdia de Deus se manifesta, mas é compreendida como Amor extravasante, que flui da intimidade da Trindade, dispensada a todos nós pecadores.
Vamos fazer desta peregrinação uma experiência profunda de acolhida do Amor de Deus em nossa vida pessoal e comunitária. Precisamos ser humildes e reconhecer que necessitamos desta misericórdia que se expressa no verdadeiro Amor Ágape do Deus vivo e verdadeiro, que revela o seu rosto misericordioso através de seu filho Jesus Cristo.
Aproveito para desejar a todos uma boa preparação para a Páscoa do Ressuscitado.
Que a nossa vida e nosso agir, sejam uma ressonância de uma verdadeira experiência da fé e de uma verdadeira Páscoa.
Com carinho.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos – Pároco!
Vivendo o carisma de São Vicente de Paulo
Neste ano de 2016 daremos continuidade à preparação das celebrações dos 400 anos do carisma Vicentino presente na Igreja. Em 2017 celebraremos com toda Família Vicentina os frutos deste carisma, que vem marcando a história e a vida das nossas comunidades e dos pobres.
Pertencendo a uma comunidade em que os padres da Congregação estão presentes desde a sua origem, vamos juntos enaltecer o carisma de São Vicente de Paulo. Muitos padres deixaram sua contribuição através de seu trabalho nesta comunidade paroquial; alguns dentre estes já são falecidos. Anos atrás, a comunidade paroquial era mais extensa, hoje, reduzida: Matriz e três comunidades. Muitas paróquias que se encontram ao redor da paróquia de Sant'Ana de Abranches, eram capelas: Pilarzinho, Barreirinha, São João Batista, Santa Cândida, Santa Efigênia, Medianeira. O carisma de São Vicente de Paulo continua presente através dos trabalhos realizados pelos Padres Vicentinos, pelas Filhas da Caridade e AIC (Associação Internacional da Caridade).
Talvez um desafio que hoje vinvenciamos, seria o da proximidade e do encontro. A cultura do encontro está sendo esquecida. O Papa Francisco nos estimula a sairmos de nós mesmos, para adentrarmos no mundo do outro com ternura, respeito e diálogo. É importante a conscientização de que precisamos ser uma Igreja em saída, de nos preocuparmos com o outro, principalmente com os mais abandonados. A nossa comunidade paroquial é muito generosa nas solicitações de ajuda às famílias carentes. Isso é um bom sinal! Agradecemos toda colaboração realizada em prol dos mais necessitados e atendidos pelas voluntárias da caridade.
Façamos de 2016 um ano mais solidário. Nosso muito obrigado pelas contribuições realizadas às nossas famílias.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
Janeiro de 2016
COMEÇAR numa atitude de confiança.
Estamos dando início a mais um ano! Trazemos conosco fatos e histórias que nos impulsionaram para a abertura de mais uma etapa em nossa vida: Um Novo Ano iniciamos, revestido de esperança, ternura, docilidade, compaixão e misericórdia!
Parece que, para recomeçar ou dar continuidade a uma história, é preciso determinação, planejamento, confiança, entrega total... Uma história é constituída de vários momentos e elementos que desenham e traçam o caminho percorrido. É preciso coragem e determinação para seguir adiante, rumo ao que nos inspira!
O justo descanso nos refaz, para adentrarmos nos projetos que serão desenvolvidos no decorrer de 2016.
Teremos a alegria, em 2016, de continuar nosso agir, nos trabalhos pastorais em nossa comunidade! Certamente faremos uma boa caminhada e desenvolveremos nossa missão de discípulos missionários, tendo presente a motivação do Ano da Misericórdia. O Papa Francisco, ao declarar o Ano Santo, em 8 de dezembro de 2015 com a abertura da Porta Santa, no cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II, até 20 de novembro de 2016, festa de Cristo Rei, nos convida a fixar nosso olhar na misericórdia do Pai, tornando-nos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai (Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia – Papa Francisco).
Motivados pela presença amorosa e maternal de Maria, tenhamos esta mesma confiança; certos de que não realizamos por nós mesmos nossos trabalhos, mas que, ao nos sentirmos comprometidos com a comunidade, nosso agir se torna uma manifestação de que queremos depositar nossa confiança na Providência Divina. O que fazemos é uma expressão de que somos responsáveis pela comunidade da qual somos parte.
Caminhemos em 2016, tendo presente o que fora acordado em nossa Assembleia Paroquial, no último dia 21 de novembro de 2015, não perdendo o foco de que somos uma Igreja Missionária, em saída. O encontro com o outro deve despertar em nós o desejo de estarmos sempre preocupados por esta Igreja em saída.
Como membros da comunidade, nos sintamos irmãos. Cuidemos da nossa, que nos acolhe, e sejamos acolhedores, abrindo caminho para que outros se sintam parte desta comunidade.
Um Feliz 2016!
Pe. Odair Miguel G. dos Santos – Pároco!
A Misericórdia nos transforma
O Papa Francisco, na Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, inicia seu colóquio, sua apresentação, afirmando que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai, e precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia”. Sob o enfoque da misericórdia, iremos conduzir nossa vida durante este ano de 2016, tendo presente que a “Misericórdia é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia, é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia, é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa. Misericórdia, é o caminho que une Deus ao homem”. Existem momentos em que somos convidados a fixar o olhar na misericórdia para nos tornarmos, nós mesmos, sinal eficaz do agir do Pai. Lembra-nos o Papa, que “a misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém poderá colocar um limite ao amor de Deus que perdoa”. Como é edificante, quando focamos nosso olhar na misericórdia do Pai. O Papa Francisco nos lembra que “ é próprio de Deus usar de misericórdia”; essa expressão provém de São Tomás de Aquino: “A misericórdia não é de modo algum um sinal de fraqueza, mas antes, a qualidade da onipotência de Deus”.
Na audiência geral do dia 16 de dezembro de 2015, ao falar aos peregrinos em Roma, o Papa Francisco bate à porta do coração dos fiéis, com a mensagem: “A misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidos a belas palavras. É preciso “aderir de coração aos sinais que o caracterizam: cruzar a Porta Santa, abeirar-se do sacramento da Confissão, amar a todos e tudo perdoar”.
Não teria grande eficácia o Jubileu, se a porta do nosso coração não se abrisse para deixar Cristo passar para os outros. “Amar e perdoar são o sinal concreto de que a fé transformou o nosso coração, manifestando-se em nós a própria vida de Deus: amar e perdoar, como Deus ama e perdoa” – disse ele-. “Por vezes ouvimos pessoas lamentar-se de que não conseguem perdoar. É verdade que não é fácil perdoar – admitiu o Papa - porque o nosso coração é pobre e, só com as nossas forças, não conseguimos perdoar; mas tornamo-nos capazes de perdão, se nos abrirmos a Deus e acolhermos a sua misericórdia em nós” (Zenit).
Dezembro de 2015
A Notícia que transformou a vida da humanidade
Uma “Boa Notícia” transformou a vida da humanidade e renovou a esperança. Hoje, temos a facilidade de acompanhar pelos inúmeros meios de comunicação, as notícias que movem a humanidade. As informações chegam até nós com muita rapidez. Uma boa mensagem sempre é acolhida com alegria, contendo a força de transformar e inovar!
Aproxima-se mais um final de ano! Parece que tudo passou tão depressa. Ainda guardamos boas lembranças do último Natal. Isso é muito bom e nos faz bem! Parece que estes sentimentos de alegria e de felicidade nos renovam e nos impulsionam com mais coragem e firmeza aos novos desafios a serem enfrentados.
É bom ter presente que, para celebrarmos bem o Natal, precisamos fazer uma caminhada em preparação a este grande acontecimento: o nascimento de Jesus Cristo. Este tempo é chamado de “Advento”: são quatro semanas de preparação para o Natal. É uma caminhada pessoal, comunitária e familiar. Oportunidade de reorganizar os sentimentos, rever atitudes, organizar o coração.
Ao focarmos o nosso dia a dia, procuramos realizar bem nossas tarefas diárias, profissionais e corriqueiras. Não pode ser diferente em nossa caminhada de fé. É preciso valorizar este tempo de preparação do coração! Este tempo de “expectativa e de alegria”, que nos envolve e nos renova, o encontramos no Natal; renovamos nossa fé e esperança! Mais uma vez vamos acolher o anúncio da Boa Notícia: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11).
Peçamos a este menino Deus, que nos ajude a celebrarmos o santo Natal com mais alegria e união.
Desejo a todos os nossos amigos e paroquianos, um Natal feliz e abençoado. Sintamo-nos todos renovados na fé e na esperança, por Este que vem para nos salvar: Jesus Cristo!
Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos
Assembleia do Cemitério Paroquial de Abranches
Conforme foi notificado no mês de outubro de 2015, nos jornais: Abranches, Barreirinha e Almirante Tamandaré, bem como no Informativo de Outubro da paróquia Sant`Ana de Abranches e avisos dados na Igreja, a importância e realização da Assembleia do Cemitério para o dia 22 de outubro de 2015 no Salão Paroquial, Rua Vitório João Brunor 688 – Abranches – Curitiba PR.
Após uma breve apresentação das orientações a respeito do Cemitério, do Título de Concessão e da regularização do mesmo, foi dado um parecer do trabalho executado pela empresa “Silesa Saneamento”, em uma parte do Cemitério: “Projeto de Drenagem Superficial e Reservatório de Contenção de Cheias”. Este projeto levou mais de dois anos para ser aprovado pelos órgãos competentes e que fiscalizam os cemitérios particulares. Na realização deste projeto, foram investidos R$210.000,00 (duzentos e dez mil reais). As despesas referentes a esse projeto estão sendo divididas entre todos os proprietários de túmulos e gavetas do cemitério. Aos proprietários de túmulos está sendo cobrada uma taxa única de R$130,00 (cento e trinta reais). Para os proprietários de gavetas está sendo cobrada uma taxa de R$80,00 (oitenta reais). Esta taxa deve ser acertada até o dia 30/06/2016 no Escritório Paroquial. A parte mais antiga do Cemitério será um segundo passo: primeiramente será feito o projeto, após a aprovação dar-se-á a execução. Novamente será divido entre todos os proprietários de túmulos e gavetas.
Outro ponto importante foram as orientações a respeito da “Atualização do Cadastro e respectivo Título de Concessão”. Para um maior desempenho da informatização que está sendo realizado, faz-se necessário que cada proprietário de terreno, túmulo e gaveta entre em contato com a Administração do Cemitério (escritório paroquial), para maiores esclarecimentos e regularização. Queremos lembrar que o cemitério é paroquial e que todos têm o dever de cuidá-lo.
A Assembleia teve uma boa participação; Foi feita uma ata contendo os assuntos discutidos e assinatura dos participantes, a qual foi registrada em cartório.
Agradecemos a todos.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos e CAEP (Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia de Abranches)
Novembro de 2015
Senhor! Aumentai nossa Fé e Esperança!
Iniciamos o mês de novembro acolhendo em nosso coração as palavras de conforto de Jesus Cristo: “Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas que os ressuscite no último dia” (Jo 6,39).
O sentimento de saudade é uma das mais belas manifestações de carinho e de amor que nós, ocidentais, temos e cultivamos. Quando expressamos este sentimento de saudade, pela perda de um ente querido ou amigo, nos faltam palavras para dizer o que realmente estamos sentindo. Não queremos estar distantes ou nos sentir longe de quem amamos, pois não queremos perder ninguém; com o sentimento de perda, a dor ganha força. Humanamente, não conseguimos ignorar estes sentimentos; o tempo se encarrega em amenizar a dor e a saudade.
Diante desta experiência, como manter o equilíbrio emocional, sendo apoio para o outro que também passa pela mesma experiência de sentimentos? Saudade e Dor?
Aqui estamos para nos ajudar! Confortar, sentir-se confortado e aceitar a ausência dos que nos deixaram, é um passo importante para amenizar a dor e a saudade. Outro fator importante para a superação é o cultivo da fé e da esperança que devem estar vivamente presentes em cada um de nós. Sem a confiança em Deus e na vida eterna, não suportaríamos o afastamento de um ente querido. As palavras de conforto e de confiança de Jesus Cristo nos acalentam o coração: “A vontade do Pai é que todos os que acolhem seu Filho Jesus e acreditam nele tenham a vida eterna” (Jo 6,40). Estamos bem conscientes de que caminhamos para a eternidade.
A fé e a esperança nos impulsionam gradativamente para esta experiência de eternidade, pois professamos nossa fé toda vez que rezamos o Credo, na certeza de que ressuscitaremos com Cristo; essa é a nossa fé.
Confiantes de que não estamos sozinhos, temos a esperança e a certeza da ressurreição, que nos consola e nos dá conforto diante da dor e da perda. Neste momento de saudade, elevamos nossas preces por todos os nossos familiares e amigos falecidos. Neste dia, a maioria dos cristãos e não cristãos, vão ao “campo santo - cemitério” - ou a outros lugares que recordam seus entes queridos, para “rememorar”, para rezar. Este dia de Finados é também um dia para expressar nossa fé; dia de interiorização, de escutar, de meditar, de consolar o outro e deixar-se consolar. É o momento para recordar o bem que fizeram entre nós! É também um dia para derramar lágrimas de saudades de quem está muito presente. Que os nossos falecidos descansem em paz!
Pe. Odair Miguel G. dos Santos
Dizimistas por opção e comprometidos com a Comunidade!
Ao longo do nosso envolvimento comunitário, podemos nos perguntar: Devemos, ou não dar uma contribuição à comunidade da qual participamos? Algumas pessoas acham que a colaboração que dão para o sustento de projetos e entidades católicas, e não católicas, podem ser consideradas como dízimo! O dizimo deve ser deixado na comunidade onde participamos. Devemos nos sentir comprometidos com as dimensões do dízimo: religiosa, missionária e social, pois o cuidado para com a comunidade é dever de todos!
“Devemos devolver como dízimo, aquilo que nosso coração manda. Cada um deve sentir-se livre, diante de Deus para fixar a quantia que deve devolver. O Apóstolo Paulo fala: “Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama a quem dá com alegria (2Cor 9,7)”.
Não podemos ver o dízimo como esmola! A Igreja não precisa de esmola, mas de corações generosos e comprometidos. Outra passagem do evangelho que pode nos ajudar a entender melhor a nossa partilha, está em Mc 12,42. Várias pessoas foram ao templo e fizeram a sua oferta: “Muitos depositavam grandes quantias no cofre do templo! Enquanto, uma pobre viúva depositou duas pequenas moedas’’. Jesus explica aos discípulos que, aqueles que tinham uma condição melhor de vida, depositavam a sobra, davam esmolas; enquanto a mulher pobre depositou o que tinha para sobreviver. A diferença nesta oferta, é muito maior do que podemos imaginar. A segurança e a confiança da mulher pobre se encontram em Deus! Enquanto a confiança e a segurança de muitos, está na sua própria riqueza. A questão não está na quantidade, mas na confiança e na corresponsabilidade, perante a necessidade da comunidade.
Muito se faz pela comunidade! O trabalho voluntário, a disponibilidade e o serviço exercido pelos voluntários, é uma resposta de um comprometimento com a comunidade, mas não deve ser considerado como dízimo. Poucas comunidades se mantêm com o dízimo, com a ajuda financeira que cada um compartilha da sua renda mensal. Muitas comunidades ainda precisam da realização de festas e eventos para saldar as despesas que o dízimo ainda não cobre. Podemos encontrar muitos voluntários da comunidade conscientes, que também são bons dizimistas, outros, estão despertando para isso. Continuemos acreditando na partilha!
Nosso muito obrigado a todos os dizimistas! Aqueles que ainda não são dizimistas, aguardamos a sua generosa contribuição.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Outubro de 2015
Missionários, não mercenários!
O mês de outubro é oportuno para refletirmos com mais profundidade sobre o tema das missões. É um mês especial que nos faz recordar o comprometimento que devemos ter como missionários, que já o somos, desde o nosso batismo. Este mês de outubro é também, chamado de mês do rosário.
A experiência missionária é alimentada pela oração pessoal e comunitária. O missionário(a), compromete-se a anunciar com alegria a experiência do Evangelho, pois a Alegria do Evangelho é uma alegria missionária; isso nos lembra o Papa Francisco, na Exortação Apostólica – Alegria do Evangelho.
A escuta da Palavra é fundamental para que sejamos verdadeiros discípulos missionários do Senhor. Se pensarmos bem, somos instrumentos de Deus para comunicar as maravilhas do seu amor, que se revela e se manifesta a cada instante a nós e aos que estão ao nosso redor. Somos instrumentos para comunicar o amor de Deus aos outros.
O verdadeiro missionário(a) configura sua vida à de Cristo, o “Bom Pastor”. Somente podemos ser discípulos missionários, se nos encontrarmos com o Senhor e se experienciarmos o Seu Amor. Como discípulos missionários, nos entregamos plenamente à ação de Deus, fazendo da realidade que nos cerca um reflexo daquilo que poderia vir a ser; uma experiência emanada das entranhas do Criador. O discípulo missionário faz a experiência do encontro com o Senhor; configura sua vida, à vida do Senhor. O discípulo missionário é conhecedor das necessidades mais eloquentes e sedutoras do nosso cotidiano; está atendo à verdade e às inverdades, não compactua com as ideologias contrárias ao projeto de Deus!
Neste confronto de ideologias o servidor depara-se com o mercenário, que está envolvido pelos interesses pessoais; seduzido pela corrupção, apresenta-se até como vitima da realidade que o cerca! O mercenário é descomprometido com a verdade, com a justiça e com o outro. É o que estamos acompanhando em nossos dias, pelos meios de comunicação: O cenário do nosso país! O mercenário perde a autoridade, na medida em que é desmascarado pela verdade; suas palavras e ações não têm respaldo, envergonham a todos!
Oposta, é a ação do missionário profeta que transforma. Está atendo aos sinais dos tempos, não compactua com as inverdades e falcatruas do mercenário.
Como cristãos conscientes, firmemos nosso pensamento e nossas ações nos princípios cristãos, ligados à verdade, ao amor, à honestidade, à ternura.... a tudo o que possa ser edificante e transformador.
Elevemos nossas preces e orações ao Senhor da vida neste mês missionário, para que continuemos atentos à escuta da Palavra do Senhor que sempre enriquece o nosso caminhar.
Com atenção,
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Dizimistas por opção e comprometidos com a Comunidade!
Ao longo do nosso envolvimento comunitário, podemos nos perguntar: Devemos, ou não dar uma contribuição à comunidade da qual participamos? Algumas pessoas acham que a colaboração que dão para o sustento de projetos e entidades católicas, ou não católicas, podem ser consideradas como dízimo! O dizimo deve ser deixado na comunidade onde participamos. Devemos nos sentir comprometidos com as dimensões do dízimo: religiosa, missionária e social, pois o cuidado para com a comunidade é dever de todos!
“Devemos devolver como dízimo, aquilo que nosso coração manda. Cada um deve sentir-se livre, diante de Deus para fixar a quantia que deve devolver. O Apóstolo Paulo fala: “Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem dá com alegria (2Cor 9,7)”.
Não podemos ver o dízimo como esmola! A Igreja não precisa de esmola, mas de corações generosos e comprometidos. Outra passagem do evangelho que pode nos ajudar a entender melhor a nossa partilha, está em Mc 12,42. Várias pessoas foram ao templo e fizeram a sua oferta: “Muitos, depositavam grandes quantias no cofre do templo! Enquanto, uma pobre viúva depositou duas pequenas moedas’’. Jesus explica aos discípulos que aqueles que tinham uma condição melhor de vida, depositavam a sobra, davam esmolas; enquanto a mulher pobre, o que tinha para sobreviver. A diferença nesta oferta, é muito maior do que podemos imaginar. A segurança e a confiança da mulher pobre se encontram em Deus! Enquanto a confiança e a segurança de muitos, está na sua própria riqueza. A questão não está na quantidade, mas na confiança e na corresponsabilidade, perante a necessidade da comunidade.
Muito se faz pela comunidade! O trabalho voluntário, a disponibilidade e o serviço exercido pelos voluntários, é uma resposta de um comprometimento com a comunidade, mas não pode ser considerado como dízimo. Poucas comunidades se mantêm com o dízimo, da ajuda financeira que cada um compartilha da sua renda mensal. Muitas comunidades ainda precisam da realização de festas e eventos para saldar as despesas que o dízimo ainda não cobre. Podemos encontrar muitos voluntários da comunidade conscientes, que também são bons dizimistas, outros, estão despertando para isso. Continuemos acreditando na partilha!
Nosso muito obrigado a todos os dizimistas! Aqueles que ainda não são dizimistas, aguardamos a sua generosa contribuição.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Setembro de 2015
Um carisma vivo e presente no mundo atual
O mês de setembro é dedicado á Bíblia. Temos também a oportunidade de festejar São Vicente de Paulo, reconhecido mundialmente como o pai da caridade, grande conhecedor da sagrada escritura. Homem corajoso e destemido, marcou a vida de muitas pessoas, ricos e pobres. Os pobres foram os maiores beneficiados pelos trabalhos de São Vicente de Paulo.
Hoje fala-se muito em mudança de época, mudança de sistemas e de mentalidades... Frente a estas transformações, não podemos negar a presente crise de valores, de ideologias, de perspectivas, de direcionamentos, de compromissos presentes em nossa sociedade e em nossas famílias. Os desafios que despontam a cada instante atingem diretamente a vida das pessoas, tirando-lhes o norte que as protege.
Em 2017, como Família Vicentina, celebraremos os 400 anos da presença do carisma de São Vicente de Paulo. Legado deixado e abraçado por todos os ramos desta grande família que inovam o carisma nos dias de hoje, em toda parte do mundo; carisma a serviço dos pobres e dos mais necessitados.
Em todas as épocas, encontramos altos e baixos. No século XVII, os problemas que assolavam a sociedade e o mundo dos pobres eram desafiadores. Cercados pela pobreza, indiferença e pelo desrespeito, os pobres eram menosprezados, frutos de uma sociedade egoísta.
Hoje, com todas as facilidades e inovações que a modernidade e pós-modernidade nos apresentam, nos encontramos fascinados pelas novidades tecnológicas, cientificas; em todos os setores que nos cercam, surgem mais e mais novidades! Talvez o ser humano pudesse ser mais criativo ao resolver os dramas encontrados na sociedade, na saúde, na educação, na política e até na religião. Neste contexto de perplexidades e de mudanças, o que se torna visível é a força renovadora e transformadora da caridade, imanente ao ser humano, que desabrocha independente de cultura e religião, em momentos em que a vida se torna ameaçada. Diferentes ações, encontramos na Igreja católica ou em outras confissões religiosas, revestidas de caridade, tendo um comprometimento com as pessoas mais vulneráveis.
A nossa paróquia, desde a sua origem, está sob a direção dos padres da Congregação da Missão, mais conhecidos como padres vicentinos. Ainda em nossa paróquia temos uma comunidade que tem como padroeiro São Vicente de Paulo. Para celebrarmos e festejarmos São Vicente de Paulo, queremos convidar a todos paroquianos a participarem das celebrações em preparação à festa do padroeiro da comunidade Vila Suíça, dias 24 a 26 de setembro. No dia 27 de setembro, celebramos juntos São Vicente de Paulo.
Com este espírito fraterno e comunitário.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Nosso muito obrigado!
Mais uma vez agradecemos o trabalho realizado pela secretária Zoidir Mari de Pol, que por três décadas dedicou-se ao atendimento paroquial, como secretária em nossa paróquia. Com a chegada da aposentadoria, pediu afastamento das atividades.
Em nome da comunidade paroquial, das pastorais e movimentos, do CAEP (Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia), CPP (Conselho Pastoral Paroquial), CAEC (Conselho de Assuntos Econômicos das Comunidades), dos padres que por aqui passaram, agradecemos todo trabalho realizado com esmero e eficiência durante todo este tempo em que esteve nesta paróquia. Foi uma profissional no atendimento, na escuta, no respeito, no sigilo, na confiança, na atenção aos enlutados, na administração, no cuidado com o que está relacionado à secretaria, como: cartas, documentações, registros dos livros (batismo, crisma, casamentos, registros de livros do cemitério). Teve sempre grande preocupação e cuidado com o patrimônio da paróquia, com os eventos realizados no salão paroquial... É importante enaltecer que os pobres que por aqui chegavam, eram muito bem acolhidos por ela. A comunidade vai sentir saudades! É oportuno nos desculpar se nestes anos de trabalho, porventura faltamos com o respeito, nós comunidades e sacerdotes.
Com carinho,
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Nova atendente paroquial.
Damos as boas vindas à nova atendente paroquial, a jovem Michele Gubaua, paroquiana que assume os trabalhos na secretaria paroquial. Desejamos um bom trabalho. Todos que por aqui passarem, sintam-se muito bem acolhidos e orientados.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos – Pároco.
Agosto de 2015
Momentos que marcam a vida da Comunidade.
Estamos iniciando o mês de agosto, mês vocacional. Para nós, católicos, é um mês de muitas festividades. Temos a oportunidade de celebrar as vocações existentes e agradecer a Deus pelos dons recebidos e colocados a serviço da comunidade. A vocação é um dom que se desenvolve através do serviço. Os significados que damos às coisas ganham um sentido maior quando aperfeiçoamos, através do serviço, os dons que recebemos. Continuemos rezando e pedindo por todas as vocações, para que a messe tenha sempre trabalhadores disponíveis na resposta da missão.
Gostaria de aproveitar deste momento para agradecer a todos que estiveram conosco nestes dias em preparação à festa da nossa padroeira Sant`Ana. As celebrações em nossas comunidades foram comoventes; muito bem preparadas, tendo a participação dos paroquianos e devotos. O novenário na Matriz teve uma ótima participação em todos os dias. Acredito que tivemos a oportunidade de nos renovar e fortalecer mais na fé e em nossa caminhada comunitária.
É muito importante agradecer a todas as pessoas que deram sua colaboração na organização da festa de nossa padroeira. As doações fizeram a diferença, oportunizando a participação de todos. Muitos trabalharam incansavelmente por muitos dias, deixando o justo descanso, o lazer e a oportunidade de estar mais junto aos seus familiares. É importante também agradecer a todos que estiveram participando das celebrações e do dia da festa. Sem a presença destes, tudo não seria tão perfeito e belo.
Nosso muito obrigado e que Sant’Ana continue abençoando nossa comunidade e derramando as graças necessárias a todos os paroquianos e devotos.
Estes momentos de encontro e reencontro fortalecem a vida da nossa comunidade, bem como nos enriquecem no sentido de pertença à comunidade. Como é bom fazer, e sentir-se parte da comunidade! A comunidade é uma grande família! Sabemos como é importante a família e o fortalecimento dos laços familiares.
Mais uma vez, diria que a festa do padroeiro(a) de uma comunidade é o momento para nos sentir abraçados pelo amor e carinho do Pai, que vem nos dar alegria, nos reintegrando na fé e no espírito fraterno e comunitário. Continue fazendo parte da nossa comunidade paroquial. Juntos, continuemos enaltecendo os passos daqueles que já deram a sua contribuição à história desta comunidade. Neste momento, somos nós que damos a contribuição; amanhã, outros virão entusiasmados e motivados pelo espírito de fé e de serviço fazer história.
Com gratidão e carinho a todos que estiveram conosco.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
DÍZIMO = PARTILHA
A comunidade se fortalece por meio da Eucaristia, na escuta e na vivência da Palavra do Senhor. Esta caminhada é importante, pois a comunidade se reúne para celebrar e renovar-se na fé. A partilha realizada por meio do dízimo é a expressão de uma comunidade consciente e comprometida. Uma boa parte das despesas da comunidade é sanada por meio da resposta da partilha dos nossos dizimistas: “O dízimo é a expressão mais concreta da oferenda de nosso trabalho que, juntamente com o pão e o vinho, são ofertas agradáveis, transformadas em Cristo, como vida para o seu povo reunido”.
Aos poucos, com o dízimo, a comunidade consegue manter-se. Se ainda você não é dizimista, faça esta experiência de amor e de partilha. Aos que já estão contribuindo, nosso muito obrigado; que este gesto de partilha seja a expressão de um comprometimento com a sua comunidade.
Pe. Odair Miguel G. dos Santos
Julho de 2015
Momentos que marcam a história
O mês de julho é, para nossa comunidade, um mês especial. No dia 26 de julho celebramos o dia de Santa Ana e São Joaquim, tradicionalmente conhecidos como pais de Nossa Senhora. “Em decorrência desta festa religiosa, celebra-se também o Dia dos Avós. Sant’Ana é mais conhecida e sua devoção mais divulgada. Padroeira dos avós, sua imagem, ao longo dos anos, a representa em atitude de ensinar Maria a ler. Por isso, tornou-se também padroeira dos estudantes e da promoção da leitura”.
Nossa comunidade, mais uma vez se alegra por celebrar a festa da padroeira Sant`Ana. Estes momentos fortes da comunidade são marcados pela alegria, pela disponibilidade, pelo desejo de servir... A festa da padroeira renova a fé dos paroquianos, bem como renova a alegria do encontro, do estar juntos.
Uma festa sempre é um momento importante para as famílias e para a comunidade. Ao longo do ano, os paroquianos e os devotos de Sant’ Ana esperam por este momento de “ação de graças”. Ao participarem do novenário renovam a fé, sentem-se mais fortalecidos diante dos grandes desafios da vida e agradecem as graças recebidas por intermédio da nossa Padroeira. Sem dúvida é momento para pedir e agradecer; Acredito que, muito mais para agradecer!
A festa também renova a esperança e fortalece a caminhada da comunidade, marcando a história de cada paroquiano, bem como a história da comunidade; é bom lembrar que fazemos parte dela. Estes momentos celebrativos da fé e do estar juntos, resgatam o que pode estar escondido ou adormecido em nosso interior: resgate da fé e do espírito comunitário! É constitutivo do ser humano a busca do encontro, do reencontro. Como é bom e saudável rever amigos e fazer novos; sentir-se parte da grade família paroquial.
Em nome da nossa comunidade paroquial, queremos desde já agradecer todas as pessoas que estarão dando a sua contribuição através de doações e da sua generosa colaboração pessoal, nestes dias de festa em nossa comunidade: na preparação do novenário, das guloseimas, e no próprio dia da festa, dia 26 de julho. É importante lembrar que as pessoas que estarão trabalhando nestes dias participam da festa de uma forma diferente, acolhendo, servindo. Muitos estarão trabalhando a semana toda ou até no mesmo dia da festa. A estes, nossos sinceros agradecimentos! É preciso acolher muito bem os que estarão conosco celebrando Sant`Ana; desde já nosso muito obrigado a todos que estarão desenvolvendo seu papel com alegria, profissionalismo e como membros atuantes da comunidade.
Queremos também dizer a todos os que virão participar, sejam bem vindos! Tragam seus familiares, venham participar conosco deste momento importante de renovação da fé e do encontro familiar. Sempre é muito bom poder contar com a sua presença amiga.
A programação do novenário e da festa da Padroeira estarão disponíveis através do site da paróquia, de chamadas pelos meios de comunicação, de panfletos e convites. Venha! Sinta-se convocado a estar conosco!
Estamos mais uma vez, preparando com muito carinho a festa de Sant`Ana, a protetora dos avós e da nossa comunidade paroquial.
Meu cordial abraço a todos os que nos acompanham.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Junho de 2015
O Novo nos desafia e nos surpreende
Estar com o outro e com aqueles que nos fazem felizes é muito gratificante. Estes momentos de encontro são significativos e nos enobrecem. Damos significado para estes momentos que marcam e transformam nossa vida. Precisamos do outro, de estar junto ao outro. Não fomos feitos para o isolamento.
O mês de junho é marcado por várias festividades, várias possibilidades de encontros e reencontros em nossas comunidades. Ao celebrarmos as atividades em nossas comunidades, sentimo-nos parte dela. Com este sentimento de pertença, podemos dizer: faço parte desta família, tenho responsabilidade sobre ela. Façamos dos encontros comunitários, encontros de família.
Para não cairmos numa dormência nas atividades pastorais, faz-se necessário a compreensão de que somos parte de uma Igreja em saída. Não podemos negar que é muito mais cômodo deixar as coisas como estão, continuar afirmando: sempre foi assim, para que mudar? Se nos deixamos modelar por este pensamento, os trabalhos em nossas comunidades estarão estagnados; visualizamos uma Igreja em decadência.
Os Apóstolos estavam com medo, com as portas fechadas. A nova realidade à luz da ressurreição e da alegria desponta no acolhimento do Espírito Santo. De medrosos, passaram a ser homens entusiasmados, grandes anunciadores da mensagem de Jesus Cristo ressuscitado. A alegria e a coragem são fundamentais para o acolhimento do novo que nos desafia, surpreende e nos transforma. O medo, muitas vezes interrompe ou obscurece a chegada do novo, que gera vida, cedendo lugar à tristeza que ofusca a beleza da alegria.
Hoje, ressoa em nossos ouvidos o balbuciar de uma Igreja em saída. Talvez seja um desafio, um novo despertar para os trabalhos que se encontram adormecidos. O convite exigirá primeiramente acolhimento interior; sairmos da nossa comodidade de cristãos, para realizar o que é constitutivo do ser cristão: a missionariedade! Somos missionários pelo batismo; é nosso dever anunciar as verdades da fé.
É normal em nossa vida, avaliar e refazer o que fazemos; não deve ser diferente em nossos trabalhos pastorais. Um novo alento! Novas maneiras de realizar os trabalhos nos ajudam ser mais e mais missionários, servidores do Reino.
Tenhamos a coragem de assumir os desafios da Igreja em saída, dando um novo ardor missionário. Não nos conformemos com o marasmo do comodismo, e do “sempre foi assim”. Este pensamento empobrece a Igreja e a nossa responsabilidade frente aos desafios do mundo atual.
Com alegria, audácia e coragem, continuemos sendo servidores do Reino do Senhor Jesus.
Maio de 2015
A grandeza da maternidade
Não é novidade para ninguém, quando afirmamos que a maternidade é um dom; quando exercida com responsabilidade, torna-se uma dádiva de Deus. Ser mãe exige responsabilidade, dedicação, renúncia, entrega total, muito amor...
Não é para qualquer mulher; somente pessoas especiais, de fibra e de muita coragem exercem a beleza da maternidade com todo empenho.
O mês de maio é dedicado à mulher. Temos muitos momentos celebrativos como, dia das mães, das noivas, de Nossa Senhora.
É bom celebrarmos estas datas com alegria, com o desejo de agradecermos a Deus a todo instante estas passagens que continuam marcando nossa vida.
Gostaríamos de enaltecer com nosso afeto e nossa ternura a todas as nossas queridas mães, que cuidam com carinho das nossas famílias. Parabéns pela sua determinação e coragem ao levar avante os valores constitutivos da família, e que norteiam nossa historia familiar.
Em nossa comunidade paroquial, temos a presença de muitas mulheres que se dedicam ao cuidado das comunidades, estão empenhadas nos trabalhos pastorais, sociais e movimentos. A
comunidade se torna mais calorosa com a presença das nossas queridas mulheres, de mães que não medem esforços em tornar
as comunidades mais vivas. Que bom poder contar com todo vigor e dinamismo do feminino em nossas atividades paroquiais. Mais uma vez, nosso agradecimento pela sua singela presença maternal.
Agraciados pela singela presença maternal de Maria, a missionária do Pai, que exerceu a maternidade com espírito de fé e de fortaleza, vamos continuar a caminhada, tendo presente a importância do seguimento a Jesus Cristo, caminho, verdade e vida.
Parabéns a todas as nossas queridas mães.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
As primeiras comunidades cristãs
Imbuídas da luz do Evangelho e da presença fortalecedora do Espírito Santo, as primeiras comunidades são enriquecidas sob os quatro pilares distintivos da Igreja Primitiva: a) O ensinamento dos apóstolos; b) A comunhão fraterna; c) A fração do pão; d) As orações. Estes elementos unem a comunidade, tornando-a missionária. Com o espírito de unidade e de fraternidade, “a comunhão fundamentava-se na experiência da eucaristia e se expandia nas diversas dimensões da vida pessoal, comunitária e social”.
É importante perceber que a comunidade primitiva vive da comunhão de bens, “que é uma atitude concreta vivida pela comunidade que surgiu da Páscoa. Todos colocam o que possuem a serviço dos outros”.
Ainda dentro desta temática, “os discípulos são chamados pela primeira vez de cristãos em Antioquia, expressando a condição de batizados: seguidores de Cristo”. É bom ter presente que “nos primeiros séculos a pessoa, antes de receber o Batismo, a Crisma e a Eucaristia, passava por um processo que lhe permitia mergulhar no mistério de Cristo. Ela recebia o querigma, o primeiro e fundamental anúncio de Jesus Cristo como o Salvador da humanidade. O candidato deveria, pela fé, acolher Cristo como seu Salvador. Após essa decisão ele era acompanhado por membros da comunidade, no catecumenato. A entrada no catecumenato e a eleição para receber os sacramentos, eram marcadas por ritos comunitários. Era dada a formação para o catecúmeno, fundamentada na doutrina dos apóstolos (At 2,42) que se dava tanto pela pregação quanto pela catequese.
O ensinamento de Jesus era retomado na doutrina dos apóstolos, como reflexão que se adaptava às situações e às pessoas que os escutavam. Os catecúmenos participavam das celebrações da Palavra e só participavam da liturgia eucarística após receber o Batismo e a Crisma.
“Na quaresma, ocorriam a purificação e a iluminação: uma preparação intensa para a recepção dos sacramentos da iniciação cristã. Na vigília pascal o candidato, aceito pela comunidade, era batizado, crismado e recebia o Corpo e Sangue do Senhor, em uma única celebração. Assim, o neófito se tornava um homem novo, configurado em Cristo. Sua formação era continuada no tempo pascal com a mistagogia, quando o cristão aprofundava os mistérios dos quais participava como herdeiro da vida eterna. Toda comunidade acompanhava, formava e conduzia todo esse processo de iniciação”. (Documento 100 da CNBB / nº80 a 90)
Abril 2015
A Ressurreição de Jesus nos transforma.
Com muita alegria e entusiasmo, nos preparamos para mais uma festa importante da Igreja, a Páscoa de Jesus. Os cristãos há mais de dois mil anos celebram este momento importante. A comunidade dos cristãos se renova a cada festa da Páscoa, sente-se mais fortalecida na fé que a une.
A Páscoa é a oportunidade de um aprofundamento da fé. Acompanhando os passos de Jesus, sua entrada em Jerusalém, paixão, morte e ressurreição; estes acontecimentos não foram por acaso. Na ressurreição de Jesus fortalecemos a nossa espiritualidade.
Jesus ressuscitado é a nova Páscoa. No primeiro dia da semana – domingo – as mulheres foram de madrugada ao sepulcro, levando perfumes e encontraram a pedra removida. Elas ficaram com muito medo. Encontram a pedra removida foram
tomadas pelo medo. “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou (Lc 24,5-6). Diante deste anúncio, lembraram das palavras de Jesus dirigidas na Galiléia - lugar onde Jesus passou a maior parte de sua vida e de seu ministério. “O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia”. As mulheres, embora com medo, correram com grande alegria para dar a
notícia aos discípulos.
Certos da alegria da ressurreição, continuaremos vivendo na alegria deste feliz anúncio: Cristo ressuscitou e vive em nós.
Desejo a todos nossos paroquianos uma Feliz Páscoa!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
As primeiras comunidades cristãs
As primeiras comunidades cristãs nascem e se fortalecem sob a luz da experiência do encontro com Jesus ressuscitado: “Na manhã de Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a experiência do encontro com Jesus ressuscitado”. A comunidade dos Apóstolos recebeu de Jesus o Espírito Santo, para se tornar testemunhas do Evangelho. O mesmo Espírito guiou as decisões fundamentais da Igreja para ser uma comunidade evangelizadora. “Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades, nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina”, que se dá no Espírito Santo pela relação entre fé e Batismo. Com esta riqueza, “os cristãos começam a se reunir para expressar a fé em Jesus e mostrar o caminho que ele propunha. As primeiras comunidades eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).
Conduzida pelo Espírito Santo e fortalecida pela vivencia do Evangelho, a comunidade cristã se inspira nos quatro elementos distintivos da Igreja primitiva: a) O ensinamento dos apóstolos; b) A comunhão fraterna; c) A fração do pão; d) As orações.
(Documento 100 da CNBB / nº 77-80)
Março 2015
Mulher! Símbolo da brandura e da esperança.
Iniciando o mês de março (08/03), comemoramos o dia Internacional da Mulher; é uma data significativa e importante. Queremos agradecer a presença feminina em nossa comunidade paroquial. A mulher exerce um papel importante na sociedade, na família e na comunidade. Em quase todas as atividades sociais e comunitárias a mulher se faz presente, dando a sua contribuição. Talvez fosse difícil pensar numa realidade social e eclesial sem a presença da mulher. Com todo respeito e gratidão, nosso singelo obrigado por tudo o que você, mulher, faz em nossa sociedade e comunidade.
Ainda no mês de março, daremos continuidade, em nossas celebrações, à reflexão sobre o tempo litúrgico, quaresma, e a Campanha da Fraternidade. Teremos a oportunidade de nos aprofundar na fé e no encontro com o Senhor. Aproveitemos deste momento preparando-nos bem para a Páscoa do Senhor. Uma boa interiorização e revisão das nossas atitudes ajudar-nos-ão, a um conforto espiritual mais intenso e expressivo.
Dentro deste dinamismo, a vida e o que fazemos ganha um sentido maior, quando damos e encontramos significado para o que realizamos e experienciamos. O tempo quaresmal nos oferece esta oportunidade: orações mais intensas, encontros mais profundos com Jesus Cristo, mais atenção à escuta da Palavra, propósitos de arrependimento e de reconciliação...
A nossa trajetória é marcada por fatos e momentos relevantes que transformam nossa vida, a vida do outro e a história que construímos. O amor e o serviço são características marcantes dos que se apresentam como cristãos. Em resposta a este apelo singular que vem a todos nós, façamos uma caminhada marcada pelo desejo de sermos sempre melhores.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
As primeiras comunidades cristãs
As primeiras comunidades cristãs nascem e se fortalecem sob a luz da experiência do encontro com Jesus ressuscitado: “Na manhã de Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a experiência do encontro com Jesus ressuscitado”. A comunidade dos Apóstolos recebeu de Jesus o Espírito Santo, para se tornar testemunhas do Evangelho. O mesmo Espírito guiou as decisões fundamentais da Igreja para ser uma comunidade evangelizadora. “Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades, nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina”, que se dá no Espírito Santo pela relação entre fé e Batismo. Com esta riqueza, “os cristãos começam a se reunir para expressar a fé em Jesus e mostrar o caminho que ele propunha. As primeiras comunidades eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).
Conduzida pelo Espírito Santo e fortalecida pela vivencia do Evangelho, a comunidade cristã se inspira nos quatro elementos distintivos da Igreja primitiva: a) O ensinamento dos apóstolos; b) A comunhão fraterna; c) A fração do pão; d) As orações.
(Documento 100 da CNBB / nº 77-80)
Fevereiro 2015
QUARESMA, TEMPO DE RECOLHIMENTO!
O tempo que nos cerca exige de nós uma atenção para a realidade e para nossos afazeres; quase não temos tempo para o recolhimento. A Igreja nos apresenta este tempo da Quaresma como momento oportuno para uma interiorização e recolhimento mais intenso, que nos leva a uma profunda experiência de Deus.
“O tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; tempo que se estende da Quarta-feira de Cinzas, até a Missa na Ceia do Senhor”.
Precisamos sair da rotina, da correria, para nos encontrar mais com Deus, conosco e com nossos irmãos. É uma necessidade do ser humano, fazer esta experiência. A reflexão, a escuta da Palavra de Deus, nos ajudam a um profundo encontro com o sentido da vida.
Na abertura do tempo da Quaresma, na quarta-feira de cinzas, vamos ouvir o convite à conversão. Voltar nosso “espírito para Deus, que é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Jl 2, 13). O profeta Joel nos convida a rasgar o coração e não as vestes. Este desafio nos faz confrontar com a mais pura realidade da nossa existência; rasgar as vestes é um convite a uma mudança aparente, rasgar o coração é um convite desafiador, um convite radical de mudança para uma realidade nova em Deus.
Vamos aproveitar deste tempo de alegria e de reflexão, que é o tempo da Quaresma, para nos preparar melhor para a Páscoa do Senhor.
Para nós, do Brasil, o tempo da Quaresma vem acompanhado com a reflexão da Campanha da Fraternidade. Este ano de 2015, o tema é “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e o Lema: “Eu vim para servir” (Mc10,45). Teremos a oportunidade de refletir sobre os desafios da vocação e da missão de todos nós cristãos, como de nossa comunidade de fé. Não podemos viver o Evangelho fora da experiência social. Dentro deste contexto, manifestamos a fé e vivemos o nosso compromisso batismal, em gestos de partilha, respeito pelas diferenças, com a preocupação com o que é comum.
O texto base da Campanha da Fraternidade nos recorda que “O Senhor Jesus iniciou a sua Igreja pregando a boa-nova, isto é, o advento do Reino de Deus. Este Reino manifestou-se lucidamente aos homens na palavra e na presença de Cristo. A Igreja, conduzida pelo Espírito Santo, formou a comunidade dos santos. O pequeno grupo de cristãos forma a comunidade de comunidades que vivem da experiência da morte e ressurreição do Senhor Jesus, manifestando seu novo reino!”
Com este desenrolar, percebemos “uma Igreja presente na realidade humana e ativa na sociedade”. O Texto Base ainda nos lembra, que “Somos Igreja, somos parte da sociedade e vivemos a fé na sociedade, testemunhando os valores e deixando-se guiar pelos critérios do Evangelho”.
Neste sentido somos uma Igreja em saída, devemos ir ao encontro dos afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos, pondo-se a serviço, lavando os pés.
O documento ainda nos recorda que a evangelização passa pela caridade, que é anúncio. Não podemos esquecer que “os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho, a evangelização dirigida gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer”.
Os cristãos são presença do Evangelho na sociedade. Despojemo-nos do velho homem para revestir-nos do verdadeiro Homem que vem para nos libertar da escravidão do pecado e da morte e nos convida a sermos um sinal do Reino no mundo atual.
Tenhamos coragem de aderir à vida, que vem do Deus.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos (pároco) A COMUNIDADE DE JESUS NA PERSPECTIVA DO REINO DE DEUS!
A família foi valorizada por Jesus. Ao enviar os discípulos, motivava-os para que levassem a paz às famílias. “Ao redor de Jesus nasceu uma pequena comunidade de discípulos missionários à qual foram revelados os mistérios do Reino (Mc 1,16-20;3,14). No convívio com Jesus, os apóstolos e discípulos experinciaram um novo jeito de viver: na comunhão com Jesus, na igualdade de dignidade, na partilha dos bens, na amizade, no serviço, no perdão, na oração em comum, na alegria. Este mesmo Jesus que aponta um caminho novo para os que O seguem como discípulos missionários, apresenta algumas recomendações: a) Os discípulos devem ser hospitaleiros. b) No anúncio do Evangelho, como missionários, devem experienciar a partilha, convivendo de maneira estável como membros da comunidade que lhes dá sustento. c) Na missão devem dar atenção aos doentes, acolhendo estes excluídos reconstruindo a vida comunitária e social. “Estas recomendações sustentam a vida dos missionários do Evangelho. Trata-se de uma nova forma de ser e agir numa sociedade marcada por grandes contrastes”.
(Documento 100 da CNBB / nº 71-76) DÍZIMO, UMA ATITUDE DE RESPONSABILIDADE E DE AMOR!
Muitas comunidades já deram um grande avanço na conscientização da partilha. Quando falamos em dizimo e da sua importância, algumas pessoas acham que é um assunto que não deve ser falado dentro da Igreja, pois vem falar de dinheiro.
A Igreja sobrevive da partilha dos fiéis. Quando a comunidade partilha, torna-se visível a responsabilidade que esta tem pela Igreja, pois cada batizado é responsável pelo cuidado da comunidade. Com a partilha, atingimos as dimensões do dízimo: religiosa, missionária e social.
Em nossa comunidade, temos uma equipe de leigos que colaboram com a Pastoral do Dízimo. Desenvolvem um bom trabalho e estão sempre prontos para melhores esclarecimentos sobre o assunto.
Aos nossos dizimistas, nossa gratidão. Continuem colaborando e partilhando! Aos que ainda não fizeram esta experiência de partilha e de amor, já pensaram nessa importância?
Acreditamos que em 2015 teremos mais pessoas comprometidas com a comunidade, sendo dizimistas. Seja bem vindo(a).
Pe. Odair Miguel G. dos Santos.
Janeiro 2015
UM CAMINHO A SER CONSTRUÍDO.
Ao iniciarmos mais um ano, tomamos nas mãos projetos, sonhos, expectativas que serão desenvolvidos ao longo da caminhada. É importante estar ciente de que os projetos, sonhos e expectativas poderão sofrer alterações, e isso é bom, a vida é dinâmica, somos dinâmicos! As mudanças acontecem e nos surpreendem; isso é saudável e precioso.
No desenvolvimento deste caminho, não poderá nos faltar: confiança, esperança, entusiasmo, perseverança, fé... Precisamos destes indicativos; são combustíveis que nos energizam no decorrer do caminho, nos alavancam no acolhimento do novo e na construção do amanhã.
O confronto com as experiências significativas nortearão a nossa caminhada, sentir-nos-emos mais fortalecidos para a realização de nossa vocação e missão.
É importante ter presente que os trabalhos na comunidade continuarão sendo realizados; os membros da comunidade são responsáveis pelo bom êxito destes indicativos. Cada um fazendo a sua parte, dando a sua contribuição; isso é sentir-se parte da comunidade. O crescimento espiritual, pastoralmente e o cuidado que devemos ter com os bens da comunidade, são importantes. Mas o bem maior é o cuidado que devemos ter para com o outro. Não podemos compactuar com a esterilidade, com a ausência de vida, ensimesmada; pelo contrário, precisamos dar a nossa contribuição para que a comunidade seja aberta ao novo, atenta aos sinais dos tempos, preocupada com o acolhimento, com o cultivo da fé, com a verdade, com os valores do evangelho...
Na expectativa de uma ótima caminhada, o ano que estamos iniciando nos proporcionará vários encontros com o Senhor, com a comunidade, com a realidade. Esperamos que estes nos ajudem a renovar a fé, a sermos melhores, mais disponíveis, servidores, atenciosos...
Juntos, façamos a caminhada! Que você sinta-se bem vindo e que tudo o que for realizado seja revestido pelo amor.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
PALAVRA DE DEUS, VIDA E MISSÃO NAS COMUNIDADES.
No segundo capítulo do documento, vemos que “a comunidade cristã encontra sua inspiração na Palavra testemunhada e anunciada por Jesus, em nome do Pai, e confiada aos apóstolos”. O documento resalta a importância da conversão pastoral. “Para que haja uma conversão paroquial, faz-se necessário uma volta às fontes bíblicas, revisitando o contexto e as circunstâncias nas quais o Senhor estabeleceu a Igreja”.
No contexto histórico do povo de Israel, as experiências do encontro familiar aconteciam, marcando a constituição do Povo de Deus.
Já no tempo de Jesus, a vida comunitária de Israel estava se desintegrando. As ameaças de escravidão forçavam as famílias a fechar-se em suas próprias necessidades. Jesus participava da vida comunitária de Israel, de momentos celebrativos, como também apoiava as experiências comunitárias da vivência da fé.
(Documento 100 da CNBB / p. 62-66)Dezembro 2014
O NASCIMENTO QUE RENOVA A NOSSA FÉ!
Comemorar o nascimento de Jesus nos faz recordar que a humanidade não foi esquecida por Deus. O nascimento de uma criança quase sempre traz alegria para a família. O nascimento de Jesus traz muita alegria para toda a humanidade, para todos os cristãos; renova nossa fé e nossa esperança.
Mais uma vez teremos a alegria de contemplar o presépio.
Algo de novo vamos encontrar! Aos olhos da fé, meditando o mistério da encarnação, acolhemos a mensagem do anjo a Maria: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo. Não tenhas medo Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” Lc 1,27-31.
Com o anúncio da chegada do Natal, do nascimento de Jesus, o tempo presente nos convida a uma profunda reflexão sobre o nascimento do Salvador; isso, se ainda acreditamos neste acontecimento que se repete a cada ano, em cada um de nós. Para nós, não restam dúvidas de que o nascimento de Jesus é um convite a uma profunda reflexão da sua existência em nossa vida e em nossa sociedade. Alguns, revestidos de incredulidade, escondem-se em si mesmos, perdendo a beleza da grande festa da vida, do nascimento de Jesus.
Esta grande festa em família e junto à comunidade cristã nos faz mais próximos uns dos outros. Sentimo-nos renovados na fé, na esperança e na alegria; sentimo-nos amados por Aquele que nos dá este grande presente, o nascimento de Jesus. Reunimo-nos para celebrar e comemorar o maior aniversário da história da humanidade. Esta festa nos convida ao cultivo da paz, da alegria, da harmonia... Tudo isso é importante para bem celebrarmos este acontecimento de amor: “O nascimento de Jesus”!
Não há Natal se não reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, nosso Salvador. Não há Natal sem Jesus.
Natal é a festa da esperança, do encontro e reencontro. É a festa cristã.
Desejamos um Feliz Natal e um Próspero Ano de 2015.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos SantosA REALIDADE PAROQUIAL QUE ENCONTRAMOS:
A comunidade cristã encontra sua inspiração na Palavra testemunhada. Cada vez mais precisamos tomar ciência de que na comunidade encontramos grandes desafios, um deles é ir ao encontro das pessoas que não participam da comunidade. O Papa Francisco exorta a vencer a mesmice: “A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cômodo critério pastoral: fez-se sempre assim. Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo, os métodos evangelizadores das respectivas comunidades”. O documento resalta a importância das iniciativas missionárias. Não basta união nos trabalhos das pessoas; é preciso unidade de recíproca referência, pela qual todos se sintam pertencentes à mesma família. Para haver comunidade eclesial é preciso que haja fé, esperança e caridade.
(Documento 100 da CNBB / n.31-36)Novembro 2014
OLHAR DE SAUDADE, PARA A ETERNIDADE!
Quando olhamos para um ponto distante, sabemos que além deste ponto algo mais pode-se encontrar. A brisa ofuscante que ainda nos envolve, vai aos poucos sendo descortinada e, aquilo que desejávamos ver, torna-se mais próximo do nosso ponto de visão, como de nosso coração.
Nossa trajetória terrena é animada e conduzida pelo amor, pela esperança, pela fé e por tudo o que nos move e nos torna mais próximos do outro e de Deus. Conduzidos por este pensamento, tudo se torna mais eterno e próximo.
Aproxima-se o dia da saudade, a
que chamamos de “Finados”. Como ainda sentimos saudades de nossos entes queridos, daqueles que nos deixaram! Temos a certeza de que um dia vamos nos encontrar; acho que vai ser uma grande festa, essa é a nossa esperança. É saudável alimentar esta esperança, pois ao contrário, perderíamos os significados que alimentam a esperança e a saudade.
Quanta saudade dos nossos entes queridos! Quanta saudade! Quem já não se perguntou: Por que temos que nos despedir daqueles que amamos, ou queremos muito bem? Resta-nos aceitar a ausência deles, para que a dor seja suportável.
O dia de Finados é o dia da saudade, como também da alegria. Saudade para nós e alegria para os que alcançaram a eternidade. Neste dia da saudade, próximo aos jazigos dos nossos familiares, com o coração apertado e com lágrimas, recordamos os fatos que marcaram nossa história ao lado dos que se foram. Quanta saudade!
O que seria de nós se não tivéssemos fé e se não alimentássemos a esperança na vida eterna? Talvez, morreríamos de saudade!
O que nos conforta neste dia são as palavras, gestos e ações de nossos entes queridos, que retomamos com muito carinho e com saudade nas profundezas do nosso coração, que ali estão preservados e servem de consolo.
Para nós cristãos, as palavras de conforto se encontram em passagens bíblicas, como esta: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar, e quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” Jo.14, 1-3.
Estas palavras nos confortam, mas não tiram a dor da ausência. Temos que saber conviver com a dor e com a saudade; sejamos fortes!
Animados pela fé, continuamos nossa história aguardando na esperança, com a certeza de que um dia estaremos juntos na eternidade, com os nossos, onde não mais haverá choro, tristeza, saudade, sofrimento mas somente alegria.
Acolhamos a mensagem de esperança de Jesus e peçamos pelos nossos falecidos, o gozo da eternidade. Que os bons exemplos deixados por eles sejam motivação e inspiração para nós que aguardamos o encontro definitivo.
Sintamo-nos fortalecidos pela fé e pela esperança e não vencidos pela incredulidade e pelo desespero.
Que o Senhor da Vida nos ajude a entender o mistério da morte.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
NOVOS CENÁRIOS DA FÉ E DA RELIGIÃO
O pluralismo liberta as pessoas de normas fixas, mas também as desorienta pela perda de referências fundamentais. As pessoas confrontam suas experiências religiosas com o contexto de pluralismo religioso, com a perda do sentido comunitário e solidário da fé. Alguns fiéis católicos frequentam outros cultos e centros religiosos, buscando conforto em suas dificuldades. Eles se entendem católicos, visitam outras tradições religiosas e não estabelecem vínculo de pertença com nenhuma.
A participação na vida eclesial tornou-se, cada vez mais, uma opção numa sociedade pluralista. A comunidade cristã é chamada a inserir-se na sociedade em que vive, para testemunhar o Evangelho de Cristo.
(Documento 100 da CNBB / n.24-25)
Outubro 2014
SERVINDO DE UMA MANEIRA EDIFICANTE!
O mês de outubro é convidativo para a reflexão sobre o tema missões. Como batizados, todos somos convidados a desenvolver esta dimensão importante da missionariedade na comunidade, com alegria e disponibilidade.
Quando nos damos conta de que somos responsáveis pelo anúncio do Evangelho, nos deparamos com os desafios que norteiam esta nobre tarefa. Tal missão exige-nos abertura de coração, escuta, olhar vertical e horizontal, coragem, responsabilidade, corresponsabilidade... para continuarmos sendo um sinal de alegria no exercício da missão.
Direcionando nosso olhar para o horizonte, nos deparamos com a realidade sedenta da escuta da Palavra, que transforma.
O olhar para o alto nos faz compreender que somos instrumentos, no exercício desta missão. Nas águas do batismo, Deus nos libertou do pecado; fomos inseridos em Cristo sacerdote, profeta e rei para experienciarmos estas dimensões, no exercício da nossa fé, em comunidade, colocando-nos a serviço. Precisamos estar sempre nos conscientizando da nossa missão.
O ano de 2014 nos prepara para a grande caminhada que faremos como membros da Igreja de Jesus Cristo, e juntos com a Arquidiocese de Curitiba, sentimo-nos participantes desta história, estando em “estado permanente de missão”. A partir do encontro com a pessoa de Jesus, queremos testemunhar a alegria do Evangelho por meio do serviço, do diálogo e do anúncio.
Tendo presente que somos Igreja em saída,
cresce
a importância de irmos ao encontro daqueles que ainda não se despertaram para a vida comunitária. Podemos começar o nosso diálogo com os vizinhos, convidando-os para os encontros do “Caminhando”; reforçando momentos de oração em família ao receber a capelinha; sentindo-nos acolhidos e acolhendo aos que chegam à nossa
comunidade; motivando outras pessoas a participarem das pastorais e dos movimentos, e na fidelidade às celebrações dominicais...
É preciso um novo ardor e um novo dinamismo em nossas comunidades, renovando e integrando todos os batizados, dando um novo rosto a tudo que fazemos em nossa comunidade paroquial.
Com alegria, desejo a todos uma boa caminhada neste mês de outubro. Renovemos o nosso espírito missionário.
NOVOS CENÁRIOS DA FÉ E DA RELIGIÃO
“A vivência da fé na sociedade atual é geralmente exercida numa religiosidade não institucional e sem comunidade, mais ligada aos interesses pessoais. A busca de curas e prosperidade propiciou o crescimento de novos grupos religiosos que prometem soluções imediatas. De outro lado, aumentam as estatísticas daqueles que se declaram sem religião, inclusive muitos que foram batizados na Igreja. Acreditam em Deus, mas não querem laços de pertença com uma comunidade religiosa”. (Documento 100 da CNBB / n.23)
Setembro 2014
UMA VIDA EDIFICANTE, DOADA AO SERVIÇO DE CRISTO NOS POBRES!
Nossa comunidade paroquial é conduzida pelos Missionários da Congregação da Missão, conhecidos como padres vicentinos.
Toda congregação tem um fundador ou fundadora. Seria importante recordar um pouco a história deste fundador da Congregação da Missão, São Vicente de Paulo que, no século XVII, sentiu e deu uma resposta audaciosa aos apelos de Deus para a realidade do seu tempo; seu agir deixou um legado à Igreja que perdura até nossos dias.
São Vicente de Paulo foi um homem extraordinário.
Nasceu na aldeia de Pouy, perto de Dax, sul da França, em 1581. Seus pais eram pequenos proprietários rurais.
Ambicioso, procurou abrir caminhos em sua vida ordenando-se padre aos 19 anos de idade. Como toda pessoa ambiciosa, não sentia e não enxergava a realidade do outro, tudo estava voltado para si mesmo. No entanto, Deus agiu em sua vida. Vários acontecimentos abriram os olhos de Vicente para o mundo dos pobres.
Vicente evoluiu, principalmente, a partir de duas grandes experiências:
Em Follevile, descobriu a miséria espiritual provocada pela ausência e abandono da evangelização no mundo rural. Em Châtillon-Les-Dombes, percebeu que o povo pobre morria de fome e estava desorganizado. É preciso organizar a caridade e o atendimento aos empobrecidos.
Ao confrontar-se com as realidades de pobreza espiritual e material, Vicente de Paulo encontrou-se com o Deus de Jesus Cristo, presente na pessoa dos empobrecidos. Vislumbrando toda esta realidade degradante, a vida de Vicente de Paulo passou por uma reviravolta. Desde sua chegada a Paris, em 1609, quando começou a sentir no coração os apelos de Deus vindos do mundo dos pobres, sentiu-se convocado a realizar sua missão a serviço deste povo, amenizando-lhe a dor e o sofrimento.
Sua conversão aconteceu a partir de um clamor vindo da realidade de sofrimento daquela época, e não de visões fantasiosas e mirabolantes.
O contato com o povo abandonado levou Vicente a entender a vontade do Pai a seu respeito: colocar-se ao lado dos mais pobres, anunciando a proximidade do reino de Deus e resgatando a dignidade de suas vidas.
Vicente indignou-se contra uma sociedade desigual, que produzia milhares de empobrecidos e marginalizados. As guerras e a peste, tão comuns na época, eram consequências de um poder corrupto e concentrador de riquezas.
São Vicente gastou o melhor de sua vida trabalhando com o povo sofrido. Com seu amor inventivo até o infinito, foi em busca dos excluídos; sendo eles pobres, camponeses, escravos, encarcerados, crianças abandonadas, doentes, mendigos, famintos, refugiados de guerra, idosos, loucos...
Vicente foi um Santo profundamente humano e original em suas ações, como na condução da espiritualidade; soube unir forças para promover a libertação dos empobrecidos.
O Amor de Vicente de Paulo, nascido de uma profunda fé e guiado pelo Espírito Santo, concretizou-se no pobre.
Vicente de Paulo morreu em Paris, no dia 27 de setembro de 1660, aos 79 anos. Foi declarado Santo em 16 de junho de 1737. Comemoramos o seu dia em 27 de setembro.
Já se passaram 354 anos da sua morte. Seu legado está presente nas obras de caridade realizadas pela Família Vicentina espalhada pelo mundo todo.
Parabéns à Comunidade da Vila Suiça que tem São Vicente de Paulo como padroeiro.
Peçamos a intercessão de São Vicente de Paulo, sobre nossa comunidade paroquial.
São Vicente de Paulo: Rogai por nós!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
Agosto 2014
MÊS VOCACIONAL - "EIS-ME AQUI SENHOR!"
Ao despontar de mais um mês, o qual está voltado ao tema das vocações, gostaria de lembrar a todos os leitores que a manifestação do chamado de Deus fortalece nosso sim, ao qual devemos responder com alegria e determinação.
Relendo a história das vocações, nos deparamos com os desafios do chamado, como a resposta a este chamado. Em Lc.5, Jesus, à margem do lago de Genesaré, convida os pescadores a lançarem as redes para águas mais profundas. Em atenção à palavra de Jesus, Simão Pedro lança as redes, aceita este desafio e recolhe uma grande quantidade de peixes. Assim como Pedro acreditou e confiou, nós também como batizados(as) queremos renovar o espírito vocacional, avançar para águas mais profundas e lançar as redes em atenção à palavra do Senhor.
O tema vocação precisa ser falado com entusiasmo e convicção. Parece-nos, muitas vezes, que os jovens não estão interessados por este tema, mas estamos enganados. Hoje falamos abertamente muitos assuntos, que, dias atrás não tínhamos abertura ou coragem de apresentar em uma reflexão. O tema vocação deve ser falado e colocado em nossos colóquios, com alegria e convicção. Quando tememos falar, podemos não estar seguros na escolha que fizemos.
No mês de agosto, a Igreja relembra e reza por todas as vocações. Iniciamos o mês rezando pela vocação sacerdotal, lembramos da vocação dos pais, dos religiosos(as), dos leigos(as). Vivemos dentro de uma Igreja ministerial e, como membros do povo de Deus, somos convidados em tornar nossas comunidades responsáveis pelas vocações.
A partir do Concílio Vaticano II, percebe-se um amadurecimento na questão vocacional. Há uma corresponsabilidade entre o clero e os leigos nos trabalhos de discernimento vocacional. Precisamos dar um novo dinamismo aos trabalhos realizados em nossas comunidades, quando se fala de vocação.
É preciso falar aos nossos jovens da beleza da vocação familiar e seus valores, como também das outras vocações existentes: vocação sacerdotal, religiosa, consagrada, contemplativa, leiga... Deus continua chamando, mas nós, intimidados pelo mundo material, fechamo-nos à escuta deste chamado. A comunidade que se compromete com as vocações, torna-se um campo fértil de muitas vocações; torna-se uma comunidade especial.
Para o jovem, fazer a escolha pela vida sacerdotal ou religiosa, nos dias de hoje, é um desafio. Diante de várias motivações e propostas de falsa realização que o mundo apresenta, ser missionário, padre ou religioso(a), é remar contra valores do mundo hedonista e materialista. Diante desta realidade, todos são chamados pelo batismo a ser sinal, na busca de algo a mais, encontrando sentido profundo para a vida. Alguns sentem-se motivados a colocarem seus dons a serviço da comunidade como leigo, catequistas, ou até mesmo participantes de alguma pastoral. O importante é sentir-se útil e servidor, na comunidade e na Igreja.
Diante desta realidade, é urgente a presença de boas equipes vocacionais, que consigam fazer uma leitura atual e precisa da realidade do jovem, que gostem de trabalhar com a juventude e os compreenda.
Continuemos acreditando no chamado do Senhor e naqueles que estão atentos a este chamado. Rezemos continuamente pelas vocações.
Que, neste mês de agosto, você possa refletir com mais seriedade a sua vocação. Santa Ana, padroeira desta paróquia, suscitai novas e santas vocações para a Igreja.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos.
EM PREPARAÇÃO AO SÍNODO DA FAMÍLIA
Por Rocio Lancho García (Zenit.org)
No dia 26 de Junho de 2014, no Vaticano, foi apresentado o “instrumentum laboris” da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 5 a 19 de outubro de 2014, com o título "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização". O cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, foi o encarregado de explicar cada uma das partes do documento.
O “instrumentum laboris” é o resultado da pesquisa promovida pelo Documento Preparatório, que incluía um questionário com 39 perguntas enviado a todas as dioceses do mundo.
O texto tem três partes, coerentes com as temáticas do Documento Preparatório. A primeira é dedicada ao Evangelho da família, ao plano de Deus, à lei natural e à vocação da pessoa de Cristo.
A segunda parte aborda os desafios pastorais inerentes à família, como a crise da fé, as situações críticas internas, as pressões externas e outras problemáticas.
A terceira parte do documento apresenta "as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a práxis sacramental e a promoção de uma mentalidade aberta à vida". Sobre a responsabilidade educativa dos pais, “existe a dificuldade de transmitir a fé aos filhos, que se concretiza na iniciação cristã”.
O purpurado (cardeal) comentou também que o tema da próxima Assembleia Geral Ordinária de 2015 é "Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família".
O “instrumentum laboris” é entregue aos membros de direito da Assembleia Sinodal para que, até a realização da Assembleia Geral, o texto seja estudado e avaliado pelas respectivas Conferências Episcopais, a fim de se chegar à apresentação que cada presidente fará durante a assembleia como contribuição específica aos trabalhos sinodais.
O purpurado observa que o documento dá uma visão da realidade familiar no contexto atual, que representa o início de uma reflexão profunda cujo desenvolvimento se realizará em duas etapas, previstas pela Assembleia Geral Extraordinária (2014) e pela Ordinária (2015), estreitamente unidas pelo tema da família à luz do Evangelho de Cristo. Deste modo, os resultados da Assembleia Extraordinária serão utilizados para a preparação do “instrumentum laboris” da Assembleia Ordinária, depois da qual será publicado o documento final, submetido à aprovação do Santo Padre.
Baldisseri informou, para encerrar, que no domingo 28 de setembro, haverá uma jornada de oração pelo sínodo, assim como adoração eucarística cotidiana durante os trabalhos sinodais, na Capela Salus Populi Romani da basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Julho 2014
SANT’ ANA, PROTEGEI NOSSAS FAMÍLIAS
Em 26 de julho celebra-se a festa de Santa Ana e São Joaquim, tradicionalmente conhecidos como pais de Nossa Senhora. Em decorrência da festa religiosa, celebra-se também o Dia dos Avós. Sant’Ana é mais conhecida e sua devoção mais divulgada. Sua imagem a representa em atitude de ensinar Maria a ler. Por isso, tornou-se também padroeira dos estudantes e da promoção da leitura.
Temos acesso à história dos avós de Jesus, Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora, tendo como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterilidade, obteve do Senhor a graça de gerar a vida, nascendo Maria, a escolhida do Pai.
O culto para com os santos pais da Bem aventurada Virgem Maria é muito antigo, entre os gregos, sobretudo. No Oriente venerava-se Sant`Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo Ocidente a partir do século X, até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituída a festividade de Sant`Ana, enquanto São Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome, que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de São Tiago.
Os dois santos eram comemorados separadamente: Sant`Ana aos 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584, também São Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro aos 20 de março, para passar ao domingo da oitava da Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto de 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore”. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.
(Um Santo para cada dia – Paulus)
A ARTE DE SERVIR
É constitutivo do ser humano o desenvolvimento de práticas solidárias em prol de outrem. Sentimo-nos enriquecidos e confortados quando realizamos o bem, e descobrimos que a vida ganha um novo sentido, quando revestido da gratuidade e da “Arte de Servir”. Não basta ter a consciência da necessidade de exercer o “serviço”, é preciso envolver-se por esta virtude do “serviço”, que brota da nossa interioridade.
Ao aproximar-se a festa da nossa padroeira Sant`Ana, novamente vamos presenciar a generosidade, o desprendimento, o comprometimento, a alegria estampada na fisionomia de todos que doar-se-ão, para a realização de mais uma festa em nossa comunidade. Já há tempo aguardamos por este momento; o coração dos nossos paroquianos bate mais forte, pois desejam mais uma vez celebrar e renovar a fé, participando com muita piedade dos preparativos: novenas e momentos fraternos em preparação ao dia 27 de julho, dia da Festa.
A caminhada em direção à festa renova a fé e a esperança. Precisamos lembrar que a preparação litúrgica, como a fraterna, exigirá de nós responsabilidade, empenho, determinação. Não podemos ignorar a presença do cansaço, quando nos doamos completamente; isso faz parte. É um cansaço que nos renova e nos revigora na arte de continuar servindo com alegria e na alegria. O retorno encontra-se na satisfação de continuar sendo útil e servindo, contemplando o comprometimento de uma comunidade que se fortalece num mesmo objetivo.
Há quem diz que são desgastantes os dias da Festa da Padroeira. Isto é verdade! É muito mais significativo perceber que todos vem fazer a sua parte com alegria e não se sentindo obrigados, ou manifestando cansaço. Como membros de uma comunidade, é bom ouvir do outro: “É gratificante poder colaborar!” Só podemos ouvir esta afirmação de pessoas responsáveis, disponíveis, iluminadas, despojadas, comprometidas, que fazem tudo com amor.
Gostaria de antecipar os agradecimentos a todas as pessoas que participarão, e colaborarão para o bom êxito da festa dos nossos Padroeiros: Sant`Ana e
São Cristóvão. Que estes Padroeiros continuem abençoando e derramando suas bênçãos sobre todos os devotos, sobre nossas famílias e nossa comunidade paroquial.
Continuemos expressando nosso acolhimento a todos os que estarão conosco nestes dias festivos, pois o acolhimento é uma característica própria desta comunidade! Sintam-se todos convidados e sejam bem vindos para o encontro familiar: A Festa de Sant`Ana e São Cristóvão.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
Junho de 2014
UM EXEMPLO DE VIDA QUE NOS AJUDA A MELHOR SERVIR
O mês de junho é convidativo para meditar a vida de Santo Antônio, expressar a devoção e a riqueza da nossa fé neste, que é considerado popularmente o santo casamenteiro, o santo dos achados e perdidos. Vemos a beleza de nossa Igreja, nas expressões da fé e nas devoções.
Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, no dia 15 de agosto de 1195. Recebeu o nome de batismo de Fernando de Bulhões e Taveira. Era primogênito de uma família nobre, poderosa e rica. Com 25 anos de idade foi ordenado sacerdote, em 1220; deixou-se fascinar pelo ideal franciscano. Entrou no convento de Santo Antônio de Coimbra, onde recebeu o nome de Antônio. Aspirando ao martírio, quis trabalhar nas missões entre os muçulmanos da África do Norte, mas uma doença o fez retornar: o navio, forçado pela tempestade, teve que aportar na Sicília.
Antônio percorreu toda Itália pregando. Antes de dedicar-se à pregação, Antônio foi cozinheiro. Foi nomeado professor de teologia pelo próprio São Francisco. Em 1229, foi para o convento de Arcella, subúrbio de Pádua, onde faleceu em 13 de junho de 1231, aos 36 anos.
Foi canonizado no dia 30 de maio de 1232 pelo Papa Gregório IX – que o chamava “arca do Testamento”, por causa de seu método de exegese, e também pelo “martelo dos hereges”. Em 10 de janeiro de 1946 o Papa Pio XII o proclamou doutor da Igreja, honrado com o titulo de “Doutor evangélico”.
A iconografia que o representa com um livro, faz referência ao seu conhecimento da Sagrada Escritura. A imagem de Santo Antônio com o Menino Jesus nos braços quer lembrar a visita divina em um dos seus frequentes êxtases.
Santo Antônio é o padroeiro de Portugal e um dos santos mais populares de todo mundo cristão. É invocado principalmente pelos pobres e sofredores. Podemos dizer que Santo Antônio é o santo dos pobres. As esmolas dadas com a finalidade de obter sua intercessão chamam-se “Pão de Santo Antônio”.
Na América Latina, é o Santo casamenteiro e o Santo das coisas perdidas. Jovens pedem a sua intercessão para realizarem um bom casamento, casais pedem a sua intercessão para manter sua família unida. E quem perde um objeto, reza o Responso de Santo Antônio para reencontrá-lo.
Com a intercessão de Santo Antônio caminharemos como discípulos missionários de Jesus, atentos à Sua Palavra.
ORAÇÃO: Deus eterno e todo-poderoso, que deste Santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxilio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
(Tirado de breve biografia dos santos; Antônio o Santo do Povo e do Missal Cotidiano)
SOMOS FELIZES? ALEGRES COMO CRISTÃOS?
O tempo pascal nos direciona a uma experiência de fé, da qual somos convidados a manifestar a nossa alegria no Cristo Ressuscitado. Partindo deste pressuposto, renovamos a esperança e o entusiasmo. Quando o nosso caminhar é revestido de alegria conseguimos olhar adiante com esperança, acolhendo os desafios com maturidade, não nos esquivando dos nossos compromissos frente ao anúncio do Evangelho. O cristão deve esforçar-se diariamente para não acomodar-se. É preciso testemunhar e realizar a missão com alegria, determinação e entusiasmo.
Em nossa caminhada pode surgir esta pergunta: Por que muitos cristãos vivem cabisbaixos, expressando sentimentos de incredulidade e de tristeza, se a notícia que encantou e renovou o mundo foi anunciada aos quatro cantos? Cristo ressuscitou! O Cristo ressuscitado está presente na comunidade que celebra a fé! Talvez, por vezes, expressemos a mesma fraqueza que os discípulos. Precisamos de um tempo para assimilar a beleza e a alegria do anúncio da Ressurreição. Precisamos deixar-nos imbuir por este anúncio e por este sentimento, para testemunharmos com a nossa vida, a “Vida Nova” que brota com a Ressurreição. Precisamos assimilar que somos discípulos missionários e que movidos pelo entusiasmo da fé, vencemos a incredulidade, não nos deixando vencer pela negatividade e pela acomodação.
Deixemo-nos envolver pela Alegria do Evangelho, não pelo pessimismo e pelo amedrontamento. A couraça da fé deve manifestar-se diante dos desafios que nos cercam. Não nos envolvamos com o sentimento de tristeza e de desânimo, como se encontravam num primeiro momento, os discípulos: tristes e sem fé. Alimentemos a fé com a Palavra e com o alimento que não perece: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará” (Jo 6, 27).
Acolhamos em nosso coração, “A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anunciado e está a frutificar. Mas contém sempre a dinâmica do êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar e de semear sempre de novo, sempre mais além”.
Lembremos também que “a intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante, e a comunhão reveste essencialmente a forma de comunhão missionária. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém”. (Exortação Apostólica – Alegria do Evangelho, 21 e 23)
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
EMBALADOS PELO AFAGO MATERNO
Maio de 2014
O mês de maio é revestido de afáveis significados maternos. Recorda-nos este mês, que um ventre bem preparado e cuidado nos acolheu e nos envolveu de carinho, no mínimo por seis meses. Com a nossa possível chegada, alimentamos uma expectativa não somente nos pais, mas em muitas pessoas que nos aguardavam. Chegamos para trazer alegria e satisfação a nossos pais e familiares. Chegamos para vencer e transformar.
No encanto da vida ocupamos nosso lugar. Mas como poderia acontecer tudo isso, se não reconhecêssemos a beleza da criação? A todo instante estamos contribuindo para que a criação se manifeste, encha de alegria nosso entorno e de outras pessoas que fazem parte da nossa existência.
Como é bom sentir o afago e o afeto materno, dando-nos segurança e proteção. Como filhos(as), agradeçamos a presença materna, a presença amiga e afável de nossas mães, corajosas e vencedoras.
Aquela que foi a primeira a nos amar, Maria Santíssima, tem muito a nos ensinar. Ela está sempre a proteger nossas queridas mães, pela incansável dedicação à sua família. Mulheres de fé, que levam avante o espírito do evangelho. O testemunho de Maria, tanto nos valores como na fé, fortalece o sim de nossas mães no cumprimento da maternidade.
Este mês é rico em significados. No dia 11 de maio, celebramos o Dia das Mães. Momento para brindarmos mais um dia especial. Façamos deste, um tempo de reflexão! Sintamos o calor materno que continua a nos aquecer em momentos de partida, de chegada, de insegurança, de dúvidas, de alegria... São tantos momentos, que não nos damos conta da grandiosidade dos seus significados. Com a presença materna sentimo-nos protegidos em nosso porto seguro, que é o aconchego do colo de nossas Mães.
O mês de maio, para nós católicos, também é chamado de mês mariano! Para celebrar a nossa fé mariana lembremos que temos uma Mãe que está a nos proteger, a nos escutar! Ela disse seu “Sim” confiando plenamente nos desígnios do Senhor: “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc1,38). Maria é a aurora de um novo amanhecer; está sempre pronta para atender os seus filhos, inclusive nossas queridas mães, que a ela confiam, em suas orações, tantos pedidos e necessidades.
Queremos felicitar todas as mães pelo seu dia. Que nós filhos, tenhamos a sensibilidade para agradecer cada dia pela mãe que temos! As mães que cumpriram sua missão nesta terra, acreditamos que continuam direcionando seu olhar de ternura à sua família, do bom lugar reservado a elas, por terem sido boas mães!
Parabéns a todas as mães por sua candura, pelo seu testemunho, por sua fé, pelo cuidado, por seu amor, pela dedicação e zelo à sua família. Você mãe, que renuncia muitas vezes ao seu descanso e suas necessidades, para atender primeiramente a família, nossa gratidão e carinho.
Parabéns às mães que defendem sua prole e lutam para trazer o sustento à sua família, que não perdem a esperança e a fé diante das dificuldades familiares.
Parabéns às mães defensoras da verdade, da paz, da justiça, dos valores cristãos.
Parabéns às mães que assumiram a maternidade com coragem, mesmo não sendo a própria geradora.
Parabéns às mães que se esforçam diariamente em manter a conciliação familiar, sendo fiéis aos compromissos matrimoniais.
Parabéns às mães que, mesmo injustiçadas pela traição conjugal, mantêm-se firmes na verdade.
Parabéns às mães que amenizam a dor de seus filhos, abarcados pela doença e pelos vícios.
Parabéns às mães que trabalham em nossa comunidade: nas pastorais, nos movimentos, nas atividades que mantém as despesas da nossa comunidade.
Parabéns a você MÃE!
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos
A RESSURREIÇÃO DE JESUS RENOVA A NOSSA FÉ
Abril de 2014
Mais uma vez a Páscoa se aproxima. Tem-se a impressão de que o tempo está passando cada vez mais rápido. Estamos sempre ocupados, não conseguimos cumprir nossa programação, vivemos agitados; Parece que esse agito é mundial.
Para celebrar um momento especial como a Páscoa, é preciso parar e organizar nossa vida, principalmente a vida interior. Estamos celebrando um grande acontecimento, a Ressurreição de Jesus, momento que nos ajuda a renovar nossa fé a cada ano, em cada Páscoa: Cristo ressuscitou!
Hoje, nos custa muito escutar o outro e muito mais escutar as profundezas do nosso coração. Para alguns, parar por um instante é perda de tempo. Sabemos da importância da revisão que deveríamos fazer da nossa vida. Lembra o Papa Francisco na Exortação Apostólica Alegria do Evangelho nº 2: “Quando a vida interior se fecha aos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros”.
Quando revemos nossa vida e nossas atitudes, amadurecemos e renovamos nossa esperança; fortalecemos o relacionamento e ganhamos melhor qualidade de vida.
Façamos deste momento de preparação para a Páscoa, tempo quaresmal, uma volta ao interior do nosso coração, revendo o que é preciso mudar ou intensificar. Com este esforço pessoal, manifestamos nosso propósito de sermos melhores, revitalizando a fé, através de maior interiorização e reflexão. Este momento de parada representa para nós, cristãos um tempo especial que nos ajuda a nos sentirmos agraciados por Deus, que vem nos salvar através de seu Filho Jesus.
“Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que acontecer. Que nada possa mais do que a vida que nos impele para adiante” (Papa Francisco, Exortação Apostólica – Alegria do Evangelho, 3).
Sintamo-nos renovados em nossa fé, por estarmos fazendo esta bela caminhada rumo à celebração da “Ressurreição de Jesus”.
Desejo uma santa e abençoada Páscoa a todos.
Pe. Odair Miguel Gonsalves dos Santos